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PIB crescerá em ritmo menor no ano que vem
DE BRASÍLIA
Expectativas econômicas são mais do que meras
apostas numéricas: elas
servem de guia para as decisões de empresários, investidores e consumidores, com impactos sobre os
preços, os empregos e a
expansão da produção.
Apesar do otimismo
predominante com a melhora da economia no segundo mandato de Lula, é
consenso que o desempenho do PIB em 2011 ficará
abaixo da alta de 7,6%
projetada para 2010. O
grau de desaceleração ainda é motivo de dúvida.
Oficialmente, o governo
prevê crescimento de
5,5%. O mercado, com
4,5%, segue a tradição de
manter suas previsões
inalteradas até a divulgação dos primeiros resultados efetivos do ano.
Ao menos em teoria, a
piora das expectativas reduz o potencial de expansão da economia, que depende dos volumes de
consumo e investimento
-um temor de alta dos juros, por exemplo, pode levar empresários a manter
dinheiro em aplicações e
não comprar máquinas.
As projeções sobre juros, por sua vez, costumam acompanhar as expectativas em relação à inflação. Em tese, uma economia muito aquecida pode fazer com que os consumidores, mais dispostos a
gastar, aceitem maiores
reajustes de preços.
Nesse caso, o Banco
Central elevaria a taxa Selic para frear a expansão
econômica. A meta do governo é manter o IPCA em
4,5%, mas, para 2011, a estimativa média do mercado está em 4,92%.
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