São Paulo, sábado, 19 de fevereiro de 2011

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Corte deve afetar projeto da Embraer, diz comando da FAB

Redução de R$ 4 bilhões no orçamento da Defesa pode atrasar desenvolvimento de jato bancado pelo governo

Segundo Juniti Saito, outros programas serão afetados, entre eles a fabricação, junto com a França, de helicópteros

FÁBIO AMATO
DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

O corte de R$ 4 bilhões no orçamento do Ministério da Defesa vai afetar o programa de desenvolvimento do avião de transporte militar KC-390, principal projeto da Embraer na área, disse ontem o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito.
Dos R$ 4 bilhões congelados, a Aeronáutica deve responder por R$ 1,2 bilhão. O orçamento inicial previsto para a área em 2011 era de R$ 4,6 bilhões (somados os gastos para o funcionamento do ministério e investimentos).
Segundo Saito, outros programas da FAB serão atingidos, como a parceria com a França na produção dos helicópteros EC-725 e a modernização dos caças AMX, também feita pela Embraer.
"Com certeza sofrerão corte [os programas]. Minha esperança é que no decorrer do ano o governo recomponha ou restabeleça este orçamento aos poucos", disse Saito, em visita a São José dos Campos (91 km de São Paulo).
Para o comandante da Aeronáutica, é preciso um esforço para evitar que o corte atrase o desenvolvimento do KC-390. Só neste ano, a previsão da FAB era liberar R$ 230 milhões para o programa.
"[O atraso] é uma coisa que a gente não quer. Se perder o "time" poderemos ter outros concorrentes", disse.
O desenvolvimento do jato KC-390 é bancado pelo governo. Em abril de 2009, no governo Lula, recebeu US$ 1,3 bilhão (R$ 2,1 bilhões). A FAB deve comprar ao menos 28 unidades do avião.
A Embraer e a FAB buscam parceiros para a produção do jato. Cinco países já assinaram acordo de participação.


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