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Governo dá anistia a Betinho 13 anos após morte do sociólogo
Viúva receberá indenização em dobro; casal foi perseguido durante a ditadura militar
LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA
Treze anos após a morte do
sociólogo Herbert de Souza,
o Betinho, o governo concedeu a ele a condição de anistiado político. Sua família terá direito a uma indenização
em prestações mensais de R$
2.294, além de R$ 207,7 mil
como valor retroativo. O
montante será recebido pela
viúva Maria Nakano.
Betinho foi um dos coordenadores do Ibase (Instituto
Brasileiro de Análises Sócio-Econômicas) e levantou a
campanha Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e
pela Vida, a partir de 1993.
Após o golpe militar, foi
perseguido pela ditadura.
Em 1970, partiu para o exílio
e só voltou ao Brasil em 1979.
Ontem, o advogado da família de Betinho pediu para
que a Comissão de Anistia
reavaliasse o valor retroativo, de R$ 207,7 mil. Ele alegou que há documentos que
comprovam a existência de
um pedido mais antigo, de
1983. A comissão concordou
em fazer nova análise, mas
ainda não há data definida.
A viúva do sociólogo também foi anistiada e receberá
indenização em prestações
de R$ 1.205, além de R$ 109
mil retroativo. Ela deixou de
assumir o cargo de professora porque, na época, vivia na
clandestinidade.
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