São Paulo, sexta-feira, 19 de agosto de 2011

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Planalto vê partido de Kassab como reserva contra rebeliões

DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, anunciou ontem à presidente Dilma Rousseff a criação do PSD, com 40 deputados e quatro senadores.
Num momento de instabilidade política da base aliada no Congresso, o PSD é visto como uma espécie de reserva de contingência de Dilma para conter as ameaças de rebelião dos partidos da coalizão.
O partido espera superar 50 deputados, o que faria com que fosse pelo menos a quarta bancada da Casa, atrás de PT, PMDB e PSDB.
Kassab fez um tour por Brasília para demonstrar o peso político da nova sigla.
Além de Dilma, visitou os presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), acompanhado do governador Raimundo Colombo (SC), de dois vice-governadores e de vários congressistas.
Prometeu apoiar as medidas do governo contra a crise econômica."Em relação às crises, em especial na economia, estaremos ao lado do governo. O PSD não lhe faltará [à presidente Dilma] nesse momento e em outros onde as medidas sejam compatíveis com o nosso programa."
O prefeito e os integrantes do PSD participaram de café da manhã com a presidente, incluindo o ex-deputado Índio da Costa -que foi candidato a vice-presidente da República na chapa de José Serra (PSDB), contra Dilma.

ELOGIOS
Kassab elogiou as ações de combate à corrupção adotadas pelo governo. Dilma defendeu a presunção de inocência e disse que não gosta de ver "retrato de cidadãos sem camisa" nos jornais -em referência às fotos de presos na Operação Voucher, na pasta do Turismo.
O prefeito de SP se irritou com perguntas sobre a independência do PSD.
"A insistência de vocês eu não acho correta. É uma pergunta descabida."
Segundo o prefeito, o PSD vai protocolar até segunda-feira no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) as 550 mil assinaturas certificadas para o registro de sua criação.


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