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Negócios não têm intermediário,
diz Temporão
DO RIO
DE BRASÍLIA
Orientado pelo presidente Lula, o ministro da
Saúde, José Gomes Temporão, reagiu ontem às denúncias de irregularidades e suposto pagamento
de propina na compra, em
2009, do antiviral Tamiflu.
O ministro negou a participação da Casa Civil na
aquisição do remédio,
usado para tratar pacientes com gripe H1N1. Disse
que, ainda assim, a Polícia
Federal investigará o caso.
Segundo reportagem da
"Veja", funcionários da
Casa Civil teriam ganho
comissão de R$ 200 mil pela aquisição do remédio.
Conforme Temporão,
porém, todas as compras
são realizadas diretamente pelo Ministério da Saúde, sem intervenção de outros órgãos de governo.
A aquisição, diz ele, foi
auditada pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
TAMIFLU
No auge da epidemia, a
União tinha Tamiflu suficiente para tratar 24,5 milhões de pessoas. Só 4,86
milhões de tratamentos foram distribuídos. O restante está estocado.
Questionado sobre o fato, Temporão disse que,
mesmo com a pandemia
de 2009, foi o suficiente.
"Nós precisamos manter um estoque para eventuais epidemias. O Ministério da Saúde já tinha
uma reserva e efetuou a
compra do remédio não só
para atender a população,
mas para repor o estoque."
A pasta afirma, em nota,
que o critério adotado é o
número de tratamentos
para proteger 10% da população, conforme modelo do CDC (centro de controle de doenças) dos EUA.
A Roche, fabricante do
Tamiflu, afirma que a compra do medicamento foi
conduzida diretamente
com o Ministério da Saúde, sem "intermediário".
Diz também que as negociações seguem "todas as
normas aplicáveis" e defende um "comportamento ético" nos negócios.
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