São Paulo, domingo, 19 de setembro de 2010

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Negócios não têm intermediário, diz Temporão

DO RIO
DE BRASÍLIA

Orientado pelo presidente Lula, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reagiu ontem às denúncias de irregularidades e suposto pagamento de propina na compra, em 2009, do antiviral Tamiflu.
O ministro negou a participação da Casa Civil na aquisição do remédio, usado para tratar pacientes com gripe H1N1. Disse que, ainda assim, a Polícia Federal investigará o caso.
Segundo reportagem da "Veja", funcionários da Casa Civil teriam ganho comissão de R$ 200 mil pela aquisição do remédio.
Conforme Temporão, porém, todas as compras são realizadas diretamente pelo Ministério da Saúde, sem intervenção de outros órgãos de governo.
A aquisição, diz ele, foi auditada pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

TAMIFLU
No auge da epidemia, a União tinha Tamiflu suficiente para tratar 24,5 milhões de pessoas. Só 4,86 milhões de tratamentos foram distribuídos. O restante está estocado.
Questionado sobre o fato, Temporão disse que, mesmo com a pandemia de 2009, foi o suficiente.
"Nós precisamos manter um estoque para eventuais epidemias. O Ministério da Saúde já tinha uma reserva e efetuou a compra do remédio não só para atender a população, mas para repor o estoque."
A pasta afirma, em nota, que o critério adotado é o número de tratamentos para proteger 10% da população, conforme modelo do CDC (centro de controle de doenças) dos EUA.
A Roche, fabricante do Tamiflu, afirma que a compra do medicamento foi conduzida diretamente com o Ministério da Saúde, sem "intermediário". Diz também que as negociações seguem "todas as normas aplicáveis" e defende um "comportamento ético" nos negócios.


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