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Comissão mantém processo de petista sob sigilo
DE BRASÍLIA
Além do STM (Superior
Tribunal Militar), a Comissão
de Anistia, do Ministério da
Justiça, mantém sob sigilo
um processo sobre a atuação
de Dilma Rousseff em organizações da esquerda armada
durante a ditadura (1964-85).
Está no órgão, desde dezembro de 2002, um processo em que a candidata do PT
pede reparação ao governo
por ter sido presa e torturada
durante o regime militar.
A comissão não informou
como seria a reparação.
Nos autos do processo,
que está suspenso, estão documentos que relatam atividades dela no período.
Quando virou ministra de
Minas e Energia, em 2003,
Dilma teria pedido a suspensão do processo até sua saída. Mas ele tramitou no Ministério da Justiça até 2007.
Em abril de 2007, foi levado
ao gabinete do então ministro
da Justiça, Tarso Genro, por
decisão dele próprio, por "segurança". Só mais um processo está em local privilegiado:
o do presidente Lula.
Ontem, a assessoria informou que Dilma pediu suspensão só em 2007.
Em fevereiro deste ano, os
autos voltaram ao gabinete
de Paulo Abrão, presidente
da comissão. Segundo ele, o
processo só se torna público
após julgamento, e a decisão
de manter o sigilo foi dele.
O Ministério da Justiça informou que, "se houve acesso a algum" processo não julgado, "tratou-se de erro procedimental".
(SIMONE IGLESIAS E LUCAS FERRAZ)
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