São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 2011

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OUTRO LADO

Deputados negam uso irregular de verba

Para Massafera, Eli Corrêa e Tobias, não há desvio ético no repasse de dinheiro de gabinete para seus familiares

DE SÃO PAULO

Os deputados Pedro Tobias (PSDB), Roberto Massafera (PSDB) e Eli Corrêa Filho (DEM) afirmaram que não veem irregularidade nem desvio ético em repassar a verba de gabinete da Assembleia Legislativa de São Paulo para pagar seus familiares.
Tobias disse que durante anos usou o imóvel da família gratuitamente, mas, quando seu irmão morreu, decidiu pagar R$ 1.000 pelo espaço para cada um dos três sobrinhos, herdeiros do local onde funcionava seu escritório em Bauru.
"Foi bastante tempo que eu fiquei lá. Esse imóvel era do meu irmão e ficava para mim de graça. Morreu meu irmão, e eu ofereci para os sobrinhos. Depois achei meio chato, daí saí", disse.
Ele negou constrangimento em transferir dinheiro público para parentes. "O que é que tem se é aluguel do meu sobrinho? O que tanto faz mal?", perguntou o tucano.
Segundo Tobias, ele agora aluga um local mais caro do que pagava antes. "A casa era bem maior na época. Eu não vejo nenhum problema nisso, saí para não criar confusão", disse.

MASSAFERA
Roberto Massafera afirmou que tinha o aval da assessoria jurídica da Assembleia para efetuar os pagamentos à empresa do irmão.
"Fui verificar, não havia nada de errado na Assembleia, perguntei à consultoria jurídica. Nada de ilegalidade", afirmou.
Sobre a mudança de endereço, o deputado disse: "Como a cidade de Araraquara é pequena, e o ex-prefeito era candidato [Edinho Silva, atual presidente estadual do PT], começam aqueles buchichos. Então eu rescindi o contrato e mudei de lugar".
"Era uma fábrica de macarrão. O cara comprou e fez várias casas, eram cinco casas. Mas estava ocupada só uma, então meu irmão me cedeu uma", declarou o deputado Massafera.

CORRÊA FILHO
A assessoria de Eli Corrêa Filho informou que ele vai se mudar do endereço, porque a Câmara dos Deputados veta esse tipo de pagamento.
Disse ainda que a opção por locar o imóvel do sogro se deve porque o empresário seria dono de 70% dos imóveis no centro de Guarulhos.


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