São Paulo, terça-feira, 20 de julho de 2010

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PSDB já utilizou essa acusação na eleição de 2002

DE SÃO PAULO

Na campanha presidencial de 2002, o candidato José Serra também acusou o PT de ser ligado às Farc.
"Existe o PT real e o PT da TV", disse ele no horário eleitoral: "É muito importante debater as invasões ilegais e as ligações com as Farc. Isso não aparece na TV, mas é um lado do PT".
Devido aos ataques, o PSDB perdeu um minuto e meio de seu tempo na TV.
Em entrevista, Lula disse: "Se eles [Farc] tivessem a consciência que eu tenho e pensassem como eu penso, teriam formado um partido político e teriam disputado as eleições como eu".
Nos anos 90, a guerrilha tinha mantido contatos com políticos do PT e do PSDB. Em 1999, o representante das Farc no Brasil, Hernán Ramirez, se reuniu com o então governador gaúcho Olívio Dutra (PT) e com o deputado Arthur Virgílio (PSDB), líder de FHC.
Após a vitória de Lula, as Farc divulgaram carta manifestando apoio ao presidente. Em 2003, Lula ofereceu ao presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, o território brasileiro como local neutro para retomar as negociações com a guerrilha.
Em 2005, a revista "Veja" disse que a Abin tinha um relatório produzido no governo FHC sobre um suposto envio de US$ 5 milhões das Farc à campanha do PT em 2002. O governo afirmou que a acusação não tinha "nenhuma procedência".
Em agosto daquele ano, a PF prendeu o porta-voz das Farc no Brasil, Olivério Medina, a pedido da Colômbia. Mas em 2006 o Conare concedeu o status de refugiado a Medina e, em 2007, o STF negou sua extradição.
Em julho de 2008, e-mails obtidos pela Folha do computador de Raúl Reyes, líder das Farc morto em março daquele ano, apontaram a tentativa da guerrilha de abrir espaços de interlocução no PT e no governo. As mensagens não revelaram relação institucional do Planalto com o grupo.


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