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SAIBA MAIS
PSDB já utilizou
essa acusação na
eleição de 2002
DE SÃO PAULO
Na campanha presidencial de 2002, o candidato José Serra também acusou o
PT de ser ligado às Farc.
"Existe o PT real e o PT da
TV", disse ele no horário
eleitoral: "É muito importante debater as invasões
ilegais e as ligações com as
Farc. Isso não aparece na
TV, mas é um lado do PT".
Devido aos ataques, o
PSDB perdeu um minuto e
meio de seu tempo na TV.
Em entrevista, Lula disse: "Se eles [Farc] tivessem
a consciência que eu tenho
e pensassem como eu penso, teriam formado um partido político e teriam disputado as eleições como eu".
Nos anos 90, a guerrilha
tinha mantido contatos
com políticos do PT e do
PSDB. Em 1999, o representante das Farc no Brasil,
Hernán Ramirez, se reuniu
com o então governador
gaúcho Olívio Dutra (PT) e
com o deputado Arthur Virgílio (PSDB), líder de FHC.
Após a vitória de Lula, as
Farc divulgaram carta manifestando apoio ao presidente. Em 2003, Lula ofereceu ao presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, o território brasileiro como local
neutro para retomar as negociações com a guerrilha.
Em 2005, a revista "Veja"
disse que a Abin tinha um
relatório produzido no governo FHC sobre um suposto envio de US$ 5 milhões
das Farc à campanha do PT
em 2002. O governo afirmou
que a acusação não tinha
"nenhuma procedência".
Em agosto daquele ano, a
PF prendeu o porta-voz das
Farc no Brasil, Olivério Medina, a pedido da Colômbia.
Mas em 2006 o Conare concedeu o status de refugiado
a Medina e, em 2007, o STF
negou sua extradição.
Em julho de 2008, e-mails obtidos pela Folha do
computador de Raúl Reyes,
líder das Farc morto em
março daquele ano, apontaram a tentativa da guerrilha de abrir espaços de interlocução no PT e no governo. As mensagens não revelaram relação institucional
do Planalto com o grupo.
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