São Paulo, sábado, 20 de agosto de 2011

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Presidente faz um apelo para que PR retorne à base aliada

Ideli se reuniu com Valdemar da Costa Neto para tratar de estatal

DE BRASÍLIA

Três dias depois de o PR anunciar "independência" nas votações do Congresso, a presidente Dilma Rousseff pediu ontem para que o partido volte à base aliada.
O apelo foi feito por meio da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) ao líder Lincoln Portela (PR-MG) e ao vice-líder do governo, Luciano Castro (PR-RR), em encontro no Planalto.
"Ela [Ideli] ressaltou que estava falando de forma institucional em nome do governo. Pediu para que nós voltássemos e nós nos sentimos valorizados", disse Portela.
Na tarde de segunda-feira, Ideli foi à casa do secretário-geral do partido, Valdemar da Costa Neto, apontado como pivô das denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes. Originalmente, o governo pretendia tirar o controle do PR de Valdemar, mas decidiu voltar atrás.
Segundo integrantes do PR, o governo abriu uma negociação com o partido para definir a sucessão na Valec.
Segundo Portela, a decisão de reatar a aliança com o governo ainda não foi tomada. "Demoramos dias para decidir tomar a posição de independentes. Se iremos voltar ou não também será muito discutido", afirmou.
A independência e o anúncio de que o PR estava deixando a base foram feitos no dia 16 pelo presidente da sigla e senador Alfredo Nascimento (AM). No Senado, no entanto, a postura não resultou em nenhuma alteração significativa. Os senadores também não apoiaram, até agora, a criação da CPI.
Na Câmara, porém, 30 deputados do PR votaram contra orientação do governo em uma medida provisória sobre os Correios. Dos 41 deputados da legenda, 14 assinaram a CPI da Corrupção.
Apesar de dizer que colocaram todos os cargos do partido à disposição do governo, o PR, na prática, mantém todos os postos estaduais aos quais foi indicado.
"Colocamos à disposição da presidenta Dilma Rousseff. Agora ela decide o que fará com eles", disse Portela. Já Luciano Castro, questionado se deixaria a vice-liderança do governo na Câmara, disse que isso seria "deselegante" com Dilma. (ANA FLOR, MARIA CLARA CABRAL, GABRIELA GUERREIRO E CATIA SEABRA)


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