São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2011

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Câmara de Campinas aprova o afastamento de prefeito do PT

Vereadores querem apurar se Demétrio Vilagra integrou esquema

MARÍLIA ROCHA

DE CAMPINAS

A Câmara Municipal de Campinas (SP) aprovou na noite de ontem o afastamento provisório do prefeito Demétrio Vilagra (PT), que havia assumido o cargo no dia 23 de agosto.
Dos 33 vereadores da cidade, 28 votaram a favor do afastamento, e quatro, contra. Houve uma ausência.
Outro pedido de afastamento do petista já havia sido aprovado no dia 24 agosto, assim como a instauração de uma comissão processante na Câmara para apurar a conduta de Vilagra.
Uma liminar judicial havia suspendido as medidas, mas uma nova decisão, na última segunda-feira, autorizou a investigação e a votação do novo pedido de afastamento.
Os vereadores pretendem investigar se houve participação de Vilagra em esquema de corrupção denunciado pelo Ministério Público.
O prefeito foi denunciado sob acusação de formação de quadrilha e corrupção passiva. Um empresário afirmou ter pago R$ 20 mil a ele. Vilagra nega a acusação e afirma que não teve qualquer envolvimento nas irregularidades.

EX-PRIMEIRA-DAMA
Os promotores acusam a ex-primeira-dama Rosely Nassim Santos de chefiar um esquema de cobrança de propina a empresários para direcionamento de licitações e liberação de alvarás.
A denúncia foi um dos principais motivos para o impeachment do então prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), o Dr. Hélio, de quem o petista Vilagra era vice.
Após assumir o cargo, o petista mudou o secretariado e anunciou a troca de toda a diretoria da Sanasa, empresa de economia mista responsável pelo saneamento da cidade e pivô do escândalo que levou à cassação do Dr. Hélio. Mas não conseguiu apoio para seguir governando.
Agora, assim que o decreto legislativo com a decisão de afastamento for publicado no "Diário Oficial", o atual presidente da Câmara, Pedro Serafim (PDT), vai assumir o cargo por até 90 dias.
Ainda ontem, Vilagra foi notificado sobre a instauração da comissão processante, que tem, a partir de agora, 90 dias para concluir relatório sobre a necessidade ou não de impeachment.


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