São Paulo, segunda-feira, 21 de março de 2011 |
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ANÁLISE Clima inóspito e política drenam popularidade do prefeito em 2011 FERNANDO RODRIGUES DE BRASÍLIA Há algumas rotinas e leis imutáveis na política. Uma delas é que prefeitos de São Paulo sempre sofrem dano nas suas imagens por causa das chuvas de início de ano. No caso de Gilberto Kassab, além do clima inóspito de janeiro e fevereiro, ele teve também a política drenando sua popularidade perante os habitantes da cidade. Filiado nos últimos anos ao DEM, o prefeito lança hoje o manifesto de seu novo partido, o PSD. Esse não seria um problema exceto pelo fato de Kassab ter se dedicado muito à política nos últimos meses -e talvez menos do que devesse à cidade. O prefeito tem sido frequentador assíduo do noticiário político, apontado como articulador de um novo partido. Como há opiniões controversas a respeito, comentaristas de rádio e de TV vez ou outra noticiaram o fato como algo pouco meritório. Pior para Kassab. Sua avaliação ruim agora chega num momento em que ele precisará encontrar fôlego e manter o ritmo de suas negociações para montar o PSD em nível nacional. Mas, ao mesmo tempo, estará fragilizado no seu quintal. O relacionamento protocolar e amigável que vinha mantendo com o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) deve agora piorar. Kassab monta um novo partido com intenção de ter um candidato seu para a sucessão paulistana, em 2012, além de aspirar ele próprio o Palácio dos Bandeirantes, em 2014. Alckmin terá todos os motivos para se distanciar. Em 2010, formou-se uma aliança entre eles por meio do PSDB e do DEM. Com o PSD a caminho, não há mais razão formal para mantê-los unidos. Prefeito de capital em litígio com o governador é sempre uma encrenca para o político pior nas pesquisas -o caso exato de Kassab. Texto Anterior: Kassab atinge maior índice de reprovação Próximo Texto: Com petistas, prefeito lança partido na BA Índice | Comunicar Erros |
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