São Paulo, segunda-feira, 21 de junho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Corregedores dizem só apurar desvios éticos

DE BRASÍLIA

Segundo o corregedor da Câmara dos Deputados, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), a Corregedoria nada pode fazer em relação aos deputados investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal). "A Corregedoria examina os casos que são encaminhados ao órgão, à luz do decoro parlamentar".
Para o corregedor, o deputado Urzeni Rocha (PSDB-RR) não deveria ser membro do Conselho de Ética. Segundo ACM Neto, contudo, Urzeni Rocha não é alvo de nenhuma investigação da Corregedoria.
O corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), afirmou que sua função é apurar eventuais desvios éticos dos senadores no Conselho de Ética. Segundo Tuma, quando há crime, a Corregedoria é obrigada a encaminhar o caso ao STF. "Mas não podemos investigar denúncias que o senador já sofria quando tomou posse. Não há o que se fazer aqui [Senado] se o inquérito está no Supremo", disse Tuma.
Procurado pela Folha, o deputado Urzeni Rocha (PSDB-RR) não respondeu às perguntas até o fechamento da edição. O deputado Pedro Henry (PP-MT) não retornou as ligações da Folha.
O deputado Sabino Castelo Branco (PTB-AM) diz que a ação penal é fruto de "disputa política". "Fui acusado de receber sem trabalhar porque eu era vereador e não era amigo do governador", disse. Sobre o inquérito, ele afirma que se trata de uma dívida com a Receita Federal e que o valor devido já foi pago por ele.
O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) afirma que o mensalão "nunca existiu" e que ele não era responsável pela parte financeira da campanha ao governo de Minas. Autuado em maio como réu, Azeredo diz que a ação será a oportunidade para comprovar inocência.


Texto Anterior: Presidente 40/Eleições 2010: Ficha Limpa pode tornar inelegíveis 36 congressistas
Próximo Texto: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.