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Corregedores dizem só apurar desvios éticos
DE BRASÍLIA
Segundo o corregedor da
Câmara dos Deputados, Antonio Carlos Magalhães Neto
(DEM-BA), a Corregedoria
nada pode fazer em relação
aos deputados investigados
pelo STF (Supremo Tribunal
Federal). "A Corregedoria
examina os casos que são encaminhados ao órgão, à luz
do decoro parlamentar".
Para o corregedor, o deputado Urzeni Rocha (PSDB-RR) não deveria ser membro
do Conselho de Ética. Segundo ACM Neto, contudo, Urzeni Rocha não é alvo de nenhuma investigação da Corregedoria.
O corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), afirmou que sua função
é apurar eventuais desvios
éticos dos senadores no Conselho de Ética. Segundo Tuma, quando há crime, a Corregedoria é obrigada a encaminhar o caso ao STF. "Mas
não podemos investigar denúncias que o senador já sofria quando tomou posse.
Não há o que se fazer aqui
[Senado] se o inquérito está
no Supremo", disse Tuma.
Procurado pela Folha, o
deputado Urzeni Rocha
(PSDB-RR) não respondeu às
perguntas até o fechamento
da edição. O deputado Pedro
Henry (PP-MT) não retornou
as ligações da Folha.
O deputado Sabino Castelo Branco (PTB-AM) diz que a
ação penal é fruto de "disputa política". "Fui acusado de
receber sem trabalhar porque eu era vereador e não era
amigo do governador", disse. Sobre o inquérito, ele afirma que se trata de uma dívida com a Receita Federal e
que o valor devido já foi pago
por ele.
O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) afirma que o
mensalão "nunca existiu" e
que ele não era responsável
pela parte financeira da campanha ao governo de Minas.
Autuado em maio como réu,
Azeredo diz que a ação será a
oportunidade para comprovar inocência.
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