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"É uma obra polêmica, como as do Niemeyer"
Afirmação é do prefeito de Lajedo, sobre pórtico
FÁBIO GUIBU
ENVIADO ESPECIAL A LAJEDO (PE)
São 23h30 de quinta-feira,
e na rua 19 de Maio os quiosques da Praça da Alimentação, principal atração de Lajedo, fecham suas portas. A
pequena cidade do agreste
pernambucano já se prepara
para dormir.
No local, não há cinemas,
teatros, museus ou atrações
turísticas para visitar. As cerca de dez pequenas pousadas são suficientes para abrigar eventuais visitantes.
Mesmo assim, o município
de 56 mil habitantes formalizou nos últimos anos diversos convênios com o Ministério do Turismo -alguns com
valores de quase R$ 1 milhão,
o equivalente a 20 dias de arrecadação municipal.
Grande parte da verba é
destinada a obras como o calçamento de ruas com paralelepípedos.
Em Lajedo, o dinheiro do
Turismo financiou também a
construção de estruturas polêmicas, como o pórtico de
R$ 180 mil, erguido logo na
entrada da cidade.
O monumento -um braço
branco estilizado esticado
sobre um prato- não traz nenhuma referência ao nome
do município sua prestação
de contas está pendente.
O prefeito Antonio João
Dourado (PDT) diz que a obra
simboliza o nascimento da
cidade, que surgiu em uma
área onde havia uma laje de
pedra que acumulava a água
da chuva.
"É uma obra polêmica, como são as do [arquiteto Oscar] Niemeyer", compara.
O prefeito disse que a pendência na prestação de contas ocorreu porque o custo do
pórtico "extrapolou" o valor
repassado pelo ministério.
Ele reconhece que a cidade não é um ponto turístico,
mas diz que as obras estruturam o município para, futuramente, receber turistas.
"Turismo não significa
apenas lazer. Podemos estruturar o turismo de negócios,
por exemplo", diz o prefeito.
Comércio e agricultura são
as bases da economia local.
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