São Paulo, terça-feira, 21 de dezembro de 2010

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Dilma escolhe irmã de Chico para chefiar Cultura

Ana de Hollanda atende à vontade de presidente eleita de nomear mulher

Ex-diretora da Funarte, indicada pelo PT do Rio, aceitou assumir cargo que foi cogitado para a ala mineira do partido


Gianne Carvalho - 09.set.09/Folhapress
Ana de Hollanda, que será a ministra da Cultura de Dilma

MÁRCIO FALCÃO
NATUZA NERY
VALDO CRUZ

DE BRASÍLIA

A presidente eleita, Dilma Rousseff, convidou ontem a cantora e atriz Ana de Hollanda, irmã do compositor Chico Buarque, para comandar o Ministério da Cultura. Ela aceitou a oferta, formalizada ontem.
Ana já havia sido sondada, mas a necessidade de atender a costuras regionais acabou suspendendo a intenção de indicá-la.
Dilma pensou em contemplar no posto a ala do PT de Minas Gerais ligada ao ex-ministro Patrus Ananias, até agora sem cargo no primeiro escalão.
Chegou a convidar o ministro Luiz Dulci (Secretaria-Geral), que, no entanto, recusou o convite por considerar já ter cumprido sua missão no governo.
A necessidade de compensar Patrus surgiu após a nomeação de Fernando Pimentel (PT-MG) para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Os dois mineiros disputam espaço no Estado.
Segundo a Folha apurou, a presidente eleita segue determinada a prestigiar Patrus, ou uma pessoa chancelada por ele.

LOBBY FRUSTRADO
O lobby do atual titular da Cultura, Juca Ferreira, para continuar no cargo acabou não rendendo resultado. A pasta tem um orçamento global de R$ 2,3 bilhões, conforme dotação deste ano.
O nome de Ana, ex-diretora de Música da Funarte, foi sugerido pelo PT do Rio. Para o posto, chegaram a ser cotados o sociólogo Emir Sader e o músico Wagner Tiso.
Com a escolha, prevaleceu a ideia de Dilma de ter uma mulher à frente do cargo.
A Folha revelou há duas semanas que a artista havia crescido na bolsa de apostas para chefiar a Cultura.
Dilma está próxima de concluir as indicações para a Esplanada. Só então se dedicará a compor os cargos de estatais, o que deve ocorrer entre os meses de janeiro e fevereiro do ano que vem.


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