São Paulo, sábado, 22 de janeiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Entidades não cumprem papel, diz especialista

DE SÃO PAULO

As fundações dos partidos brasileiros são desconhecidas do eleitorado, não cumprem seu papel de formação política e deixam a desejar na comparação com similares no exterior.
O diagnóstico é do embaixador Carlos Henrique Cardim, professor do Instituto de Política da UnB (Universidade de Brasília).
Autor de um dos raros estudos sobre o tema no país, ele afirma que as entidades deveriam investir na militância para renovar e qualificar os quadros políticos.
"Infelizmente, as fundações estão longe de cumprir seu papel. São tratadas como se fossem secretarias burocráticas dos partidos."
Para Cardim, a realidade brasileira está muito distante do modelo alemão, que inspirou a criação das fundações aqui. Lá, as entidades renovam os programas partidários constantemente e têm papel ativo na discussão dos rumos do país. Em 2009, receberam 216 milhões do governo.
No Brasil, mesmo em legendas que se apresentam como "ideológicas", os políticos de maior projeção parecem ignorar a existência das fundações.
Como a Folha informou esta semana, a ex-presidenciável Marina Silva (PV) prepara a criação de um instituto de formação política com seu nome, em Brasília. Seu partido já mantém a pouco conhecida Fundação Verde Herbert Daniel, destinada à mesma tarefa.


Texto Anterior: Repasses para fundações partidárias crescem 50%
Próximo Texto: ONG de Gerdau fez trabalho superficial para União, diz TCU
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.