São Paulo, terça-feira, 22 de março de 2011 |
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Gasto faz consumo crescer mais que produção DE BRASÍLIA O aumento acelerado dos gastos do governo nos últimos anos produziu ganhos imediatos para a população, na forma de mais salários, aposentadorias, benefícios sociais, compras de bens e obras de infraestrutura. Essa mesma política, no entanto, contribuiu para que o consumo -o do próprio governo e o dos beneficiários do setor privado- crescesse em ritmo superior ao da produção nacional de mercadorias e serviços. São duas as principais consequências negativas desse desequilíbrio: a mais palpável é a alta dos preços, que reduz o poder de compra dos salários e dificulta o planejamento das empresas. A segunda é o aumento das importações e do deficit do Brasil nas transações de bens e serviços com o resto do mundo, o que torna o país mais dependente de capital externo e, portanto, potencialmente mais vulnerável a crises internacionais. A redução dos gastos públicos é politicamente difícil, porque tende a atingir programas sociais e investimentos prioritários -como as obras para a Copa do Mundo de 2014 e para a Olimpíada de 2016. Por isso cresce o risco de um novo aumento de tributos, caso da recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), para reequilibrar as contas do governo federal. Texto Anterior: Legislativo e Judiciário arcarão com ajuste fiscal Próximo Texto: Janio de Freitas: Muito simples Índice | Comunicar Erros |
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