Petista não revela quem é o seu candidato predileto no Estado; peemedebistas evitam criticar Jaques Wagner

Dilma ironiza Serra e afirma que não tem a "experiência" tucana de governo, que conduziu à crise e ao desemprego

RODRIGO VIZEU
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse ontem que preferia que houvesse um só candidato da base governista na Bahia, mas que agora subirá nos palanques de Jaques Wagner (PT) e Geddel Vieira Lima (PMDB).
Após participar da convenção que oficializou a candidatura do peemedebista, Dilma afirmou que a decisão não é dela, mas da coordenação da campanha. Ao lado de Geddel, ela se negou a dizer se tem candidato predileto.
Os discursos na convenção foram cuidadosos para não atacar Wagner ou constranger Dilma. O próprio Geddel poupou o governador petista e disse que Dilma terá na Bahia, ao contrário de saia justa, "a mais ampla e rodada das saias baianas".
Ele pediu que Dilma visite o Estado com tranquilidade e "siga sua consciência": "O que quero é que a voz da Bahia seja ouvida, independentemente de eu ser ou não quem mais merece carinho".
No discurso, Dilma abordou a disputa nacional, mas criticou veladamente Antonio Carlos Magalhães (DEM), morto em 2007: "Aqueles que pensam que a Bahia se conforma com um só mandando sabem que essa página da história foi virada".
O senador César Borges (PR), ex-carlista e hoje lulista, não aplaudiu. Mas tentou mostrar uma relação próxima entre Dilma e Geddel. Disse em discurso que a petista se refere ao ex-ministro como "Geddelzinho querido".

SABATINA
Dilma ironizou José Serra (PSDB), que na sabatina da Folha, em São Paulo, sugeriu que lhe falta experiência: "Posso não ter experiência de governo como eles governaram, com estagnação, desigualdade e desemprego".
Ela disse não ter experiência eleitoral, mas sim administrativa. Sobre o cancelamento de sua sabatina na Folha, disse que pode agendar o evento para outro dia.


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