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Juros e inflação em alta tornam mais cara dívida interna do país
Só neste ano, correções elevaram gastos do governo em R$ 98 bi
LORENNA RODRIGUES
DE BRASÍLIA
A combinação de juros e
inflação em alta deixou a dívida pública federal mais cara para os cofres públicos.
Nos últimos 12 meses, o
governo gastou em média
uma taxa de 12,36% ao ano
para captar no mercado interno. Há um ano, esse gasto
ficava em torno de 10,9%.
Apenas neste ano, a dívida
já ficou 6,58% mais cara. Os
juros devidos aos investidores elevaram o custo do governo em R$ 97,9 bilhões.
O principal motivo para este encarecimento foram as
sucessivas altas de juros
anunciadas pelo Banco Central. A chamada taxa básica
Selic, definida pelo BC, subiu
de 10,25% em junho de 2010
para 12,50% anteontem.
Com isso, o custo dos títulos atrelados a juros subiu
2,24 pontos percentuais no
mesmo período.
Diante da perspectiva de
fim do ciclo de aperto monetário, a demanda por papéis
que remuneram de acordo
com a variação da Selic está
caindo. Em junho, eles representavam 30,91% da dívida
total, menor fatia da história.
A inflação também fez o
custo dos papéis subir, já que
muitos deles têm correção ligada a índices de preços.
Em junho, a dívida pública
chegou a R$ 1,8 trilhão. Nos
últimos oito anos e meio de
administração petista, o aumento foi de quase R$ 1 trilhão - atribuído por especialistas à expansão dos gastos
e da máquina pública.
"O governo gasta aquilo
que não tem e o crescimento
brasileiro vai sendo feito com
base no endividamento. O
custo é alto e vai subir", diz o
professor do Ibmec Ruy
Quintans.
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