São Paulo, domingo, 22 de agosto de 2010

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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010

Nova queda desanima aliados de Serra

Tucanos aumentam pressão por mudanças no programa de TV; senadora diz que só desiste "no último minuto"

"Isso impacta a gente", afirma Marisa Serrano; tucanos dizem esperar "fato novo", e candidato não comenta resultado

DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA
DO RIO

A disparada da presidenciável Dilma Rousseff (PT) na pesquisa Datafolha divulgada ontem abalou aliados e dirigentes da campanha de José Serra (PSDB).
O clima de desânimo marcou as reações dos tucanos, que agora dizem esperar um "fato novo" para levar a eleição ao segundo turno.
"Isso impacta a gente. Não é fácil, mas só podemos desistir no último minuto", disse a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS). "É ruim esperar o imponderável, mas precisamos lutar até o fim."
O resultado ampliou a pressão por mudanças na propaganda eleitoral de Serra, que tem tentado colar sua imagem à de Lula.
"A estratégia do bom-mocismo está errada", disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que defende uma linha mais agressiva na TV. "Oposição só substitui quem está no poder quando é crítica."
"Temos que mudar o programa para mostrar que o PSDB e seus aliados construíram tudo que está aí", reforçou o presidente do PTB, Roberto Jefferson.
O ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) defendeu que a oposição se concentre agora na disputa pelo Senado. "Queremos evitar que aconteça o que ocorreu na Venezuela", disse, referindo-se a um eventual governo Dilma com ampla maioria na Casa.
O coordenador da campanha tucana, Sérgio Guerra, afirmou que já esperava o crescimento da petista, "talvez não desse tamanho". Ele defendeu a linha adotada na TV: "O caminho é manter o que está definido. Nossa estratégia de comunicação não pode ser errática".
No Rio, Serra não quis comentar a pesquisa. Disse que a invasão de um hotel em São Conrado reforça a necessidade de o governo federal atuar na segurança e afirmou que a ocupação policial de favelas é "positiva, mas insuficiente" para conter a violência.


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