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OUTRO LADO
Para defesa, gravação não fala em propina; Puccinelli se diz tranquilo
COLABORAÇÃO PARA FOLHA,
EM CAMPO GRANDE
DE PORTO ALEGRE
O advogado do deputado
estadual Ary Rigo (PSDB)
afirma que as menções que o
político faz, em vídeo gravado em junho deste ano, não
se referem a propina, mas a
repasses institucionais da
Assembleia Legislativa.
Sua defesa diz que jamais
houve entrega de dinheiro ao
governador nem a autoridades dos outros Poderes. "Eles
da Assembleia estão economizando e repassando para o
governo. Os repasses eram
institucionais", diz o advogado Carlos Marques.
Marques também nega
que Rigo fosse responsável
por uma mesada aos deputados. No vídeo, o tucano diz
que cada deputado recebia
R$ 120 mil e teria de "se contentar" com R$ 42 mil, porque a Assembleia "devolvia"
R$ 6 milhões ao governador.
"Ele se referiu a quanto
custa o gabinete do deputado, salário, verbas de gabinete, verba indenizatória. Ele
não sacava o dinheiro e dava.
Não existe isso", disse.
O advogado disse que Rigo
vai se pronunciar sobre o
contexto dos pagamentos
que ele diz fazer a promotores e afirmou que o desembargador Claudionor Abss
Duarte, citado na gravação
por supostamente ter beneficiado um político, é "da mais
absoluta seriedade e está acima de qualquer suspeita".
"Não vi nem estou preocupado. Pergunte para o Rigo",
disse o governador de Mato
Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), ao ser questionado sobre o vídeo em que
aparece o deputado tucano.
O secretário de Governo de
Dourados, Eleandro Passaia,
disse à Folha ter gravado a
conversa com Rigo em 12 de
junho a pedido da Polícia Federal. O secretário disse que
"a gravação fala por si" e alegou que não faria outros comentários porque o caso está
sob investigação da PF.
A Assembleia Legislativa
de Mato Grosso do Sul não
quis se pronunciar. O Tribunal de Justiça de MS não se
manifestou. A Folha não
conseguiu falar com o desembargador Abss Duarte e
como deputado Londres Machado (PR), mencionados
por Rigo na gravação.
(SF e GR)
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