São Paulo, quarta-feira, 22 de setembro de 2010

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Justiça vai retirar obra de Bienal, diz curador

Instalação argentina foi considerada campanha eleitoral, afirma Agnaldo Farias

SILAS MARTI
DE SÃO PAULO

Segundo um dos curadores da 29ª Bienal de SP, a Justiça Eleitoral pediu a retirada da obra "El Alma Nunca Piensa Sin Imagen" (a alma nunca pensa sem imagem) da mostra, que abriu ontem para convidados (e abre neste sábado para o público).
Agnaldo Farias, curador ao lado de Moacir dos Anjos, diz que a diretoria da Fundação recebeu notificação considerando a obra ilegal.
"A justiça considerou o trabalho uma propaganda eleitoral. Não pode ter imagem de candidato em lugares públicos. A gente não pode contestar a decisão, porque corremos o risco até de ser presos", disse Farias
A obra do artista argentino Roberto Jacoby simula uma campanha eleitoral usando imagens dos candidatos Dilma Rouseff (PT) e José Serra (PSDB). Os artistas, trajando camisetas vermelhas com o nome "Dilma" e a estrela do PT, fazem uma espécie de campanha para a candidata.
Segundo Farias, a obra chegou pronta da Argentina e foi instalada pela equipe do artista. "Se soubéssemos que se tratava da Dilma, sabíamos que haveria problemas e teríamos avisado o artista."
A instalação será censurada a partir de hoje. A Bienal não decidiu se vai retirar o trabalho ou se vai cobri-lo com um pano. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do TRE-SP disse não conhecer o caso.


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