São Paulo, quarta-feira, 22 de setembro de 2010

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PV pede que Procuradoria apure invasão de escritórios políticos

Partido suspeita de espionagem contra Marina, que evita opinar

BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

O PV vai pedir à Procuradoria-Geral Eleitoral que investigue a invasão de três escritórios do partido, nas madrugadas de domingo e segunda-feira. Foram levados papéis, computadores e fitas com programas eleitorais.
As ações ocorreram em São Paulo, Brasília e Rio Branco, cidade natal da presidenciável Marina Silva.
Os verdes dizem suspeitar de espionagem ou sabotagem contra a campanha. Reservadamente, admitem que os furtos também podem ter sido motivados por disputas internas na sigla.
"Ainda é cedo para falar, mas não foram assaltos comuns", disse o coordenador-executivo da campanha, João Paulo Capobianco.
Advogados do PV analisam os boletins de ocorrência para encaminhar o caso à Procuradoria. A Polícia Federal pode ser acionada.
Ontem, a candidata evitou opinar sobre o caso: "Tem que ser investigado. Depois saberemos [o motivo]".
Marina esteve na Bienal de São Paulo, que será aberta ao público no sábado. Ela deu entrevista no térreo do pavilhão, mas a imprensa não teve acesso ao resto da visita.
Segundo assessores, a senadora não teria feito comentários ao ver as obras de Gil Vicente, que se retratou apontando uma arma contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e degolando o presidente Lula.
Mais cedo, ela demonstrou constrangimento ao receber do "CQC" uma agulha e um boneco de vudu do adversário José Serra (PSDB).
"Não faço esse tipo de coisa. Acredito profundamente em Deus, e ele ama o Serra, a Dilma [Rousseff] e todas as pessoas", reagiu, devolvendo o "presente" à repórter.
Marina voltou a dizer que espera ir ao segundo turno e se recusou a comentar promessas de Serra, como o salário mínimo de R$ 600.


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