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Popularidade de Lula e Nordeste alavancam Dilma
Avaliação positiva do presidente sobe na reta final e vai a 82%; no NE, vantagem da petista é de 37 pontos
Única região em que o tucano se mantém na liderança é o Sul; no Sudeste, Dilma está numericamente à frente
DE BRASÍLIA
A melhora de Dilma Rousseff (PT) teve como alavanca
principal o seu desempenho
no Nordeste, combinado
com um novo recorde de popularidade do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
No Nordeste (cerca de 27%
dos eleitores do país), Dilma
cresceu cinco pontos em
uma semana, indo de 60% a
65% das intenções de voto.
Já Lula registrou nesta semana 82% de aprovação para o seu mandato (respostas
"bom" e "ótimo"), a maior taxa desde quando assumiu o
Planalto, em janeiro de 2003.
Essa é também a melhor
marca já apurada pelo Datafolha para todos os presidentes civis desde 1985.
Ao mesmo tempo, Dilma
oscilou positivamente entre
os que acham o governo Lula
bom ou ótimo. Ela tinha 56%
na semana passada e foi a
58%. Esse movimento coincide com a presença mais frequente do presidente na propaganda de TV da petista.
Já José Serra (PSDB) continua estável com 33% de intenção de votos entre os que
aprovam o governo Lula.
Quando se consideram as
regiões do país, o tucano só
lidera no Sul, com 50% (tinha 48% semana passada)
contra 39% da petista (cujo
percentual era de 40%).
No Nordeste, a vantagem
de Dilma é de 37 pontos, pois
Serra pontua 28% na região.
No Norte e no Centro-Oeste
combinados, a petista tem
49% contra 42% do tucano.
No Sudeste, região com o
maior eleitorado do país (cerca de 43% do total), continua
a vigorar um empate técnico
-mas nota-se uma gradual
melhora de Dilma e uma estagnação de Serra.
Logo depois do primeiro
turno, a petista tinha 41% no
Sudeste. Na semana passada, foi a 43%. Agora, está
com 44% e numericamente à
frente de Serra, cujo percentual é de 43% (o tucano começou o mês com 44%).
RELIGIÃO
Há sinais de que aos poucos Dilma foi também estancando sua perda de votos entre certos grupos religiosos.
No estrato de eleitores que
se declaram católicos (62%
do total do país), tinha 51%
na semana passada e foi a
54% agora. Serra manteve-se
estável em 38%.
No segmento de espiritistas kadercistas (3% do total),
Dilma foi de 36% para 46%
em uma semana. Serra desceu de 53% para 42%.
No segmento de eleitores
com renda familiar de até
dois salários mínimos (46%
da população), Dilma melhorou quatro pontos: de 51%
para 55%, e Serra oscilou de
36% para 34%.
(FR)
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