São Paulo, sexta-feira, 22 de outubro de 2010

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Balão de água é arremessado contra Dilma

Objeto atingiu capô do jipe em que estavam a candidata petista e aliados, durante ato de campanha em Curitiba

Autores de agressão não foram identificados; comitiva é multada em R$ 1.400 por trafegar em área de pedestres

Marcelo Elias/"Gazeta do Povo"
A candidata Dilma Rousseff é protegida por um guarda-chuva que é segurado pelo senador eleito Roberto Requião durante ato político em Curitiba

BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA

Em reduto tucano, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, enfrentou ontem clima de hostilidade e quase foi atingida por dois balões cheios d'água, atirados de um edifício contra o carro aberto em que ela pedia votos com aliados.
Após o incidente, os petistas encurtaram a passagem pelo centro de Curitiba, um dia depois de José Serra (PSDB) ser agredido, no Rio, por um objeto que ele disse ser um rolo de adesivos arremessado por rivais.
Dilma ouviu vaias e foi alvo de provocações de eleitores tucanos que assistiam à sua passagem de janelas de escritórios. Alguns exibiram propaganda de Serra e fizeram gestos obscenos.
No meio do cortejo, dois balões cheios d'água foram lançados contra o jipe em que ela acenava para o público. Um deles explodiu no capô do veículo, a poucos centímetros de Dilma e dos senadores eleitos Roberto Requião (PMDB-PR) e Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Petistas reagiram com um coro de xingamentos, mas não conseguiram identificar o agressor, que se escondeu.
Aliados improvisaram uma proteção. Requião abriu um guarda-chuva sobre ela.
Dilma trocou o sorriso por um semblante tenso. Minutos depois, parou para discursar e se confundiu: "Eu serei uma presidenta comprometida com o desenvolvimento do Pará". Voltou a ouvir vaias e se corrigiu, acrescentando a sílaba "ná".
Sua comitiva ainda foi multada em R$ 1.404,62 por circular com um jipe e um carro de som no calçadão da rua 15 de Novembro, que é fechado ao tráfego.
As autuações -estacionar na calçada (infração grave) e circular em área de pedestres (gravíssima)- foram divulgadas horas depois pela prefeitura. O município foi comandado até abril pelo governador eleito Beto Richa (PSDB), aliado de Serra.
Os petistas interromperam o trajeto antes da chegada à Boca Maldita, palco tradicional de manifestações políticas. A assessoria de Dilma alegou que a mudança no roteiro não se deveu às hostilidades contra ela.
Em seguida, a candidata participou de carreata por bairros populares na região metropolitana de Curitiba. A comitiva furou dois semáforos vermelhos, mas não voltou a ser multada.


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