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Balão de água é arremessado contra Dilma
Objeto atingiu capô do jipe em que estavam a candidata petista e aliados, durante ato de campanha em Curitiba
Autores de agressão não foram identificados; comitiva é multada em R$ 1.400 por trafegar em área de pedestres
Marcelo Elias/"Gazeta do Povo"
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A candidata Dilma Rousseff é protegida por um guarda-chuva que é segurado pelo senador eleito Roberto Requião durante ato político em Curitiba
BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA
Em reduto tucano, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, enfrentou ontem clima de hostilidade e
quase foi atingida por dois
balões cheios d'água, atirados de um edifício contra o
carro aberto em que ela pedia
votos com aliados.
Após o incidente, os petistas encurtaram a passagem
pelo centro de Curitiba, um
dia depois de José Serra
(PSDB) ser agredido, no Rio,
por um objeto que ele disse
ser um rolo de adesivos arremessado por rivais.
Dilma ouviu vaias e foi alvo de provocações de eleitores tucanos que assistiam à
sua passagem de janelas de
escritórios. Alguns exibiram
propaganda de Serra e fizeram gestos obscenos.
No meio do cortejo, dois
balões cheios d'água foram
lançados contra o jipe em
que ela acenava para o público. Um deles explodiu no capô do veículo, a poucos centímetros de Dilma e dos senadores eleitos Roberto Requião (PMDB-PR) e Gleisi
Hoffmann (PT-PR).
Petistas reagiram com um
coro de xingamentos, mas
não conseguiram identificar
o agressor, que se escondeu.
Aliados improvisaram
uma proteção. Requião abriu
um guarda-chuva sobre ela.
Dilma trocou o sorriso por
um semblante tenso. Minutos depois, parou para discursar e se confundiu: "Eu
serei uma presidenta comprometida com o desenvolvimento do Pará". Voltou a ouvir vaias e se corrigiu, acrescentando a sílaba "ná".
Sua comitiva ainda foi
multada em R$ 1.404,62 por
circular com um jipe e um
carro de som no calçadão da
rua 15 de Novembro, que é fechado ao tráfego.
As autuações -estacionar
na calçada (infração grave) e
circular em área de pedestres
(gravíssima)- foram divulgadas horas depois pela prefeitura. O município foi comandado até abril pelo governador eleito Beto Richa
(PSDB), aliado de Serra.
Os petistas interromperam
o trajeto antes da chegada à
Boca Maldita, palco tradicional de manifestações políticas. A assessoria de Dilma
alegou que a mudança no roteiro não se deveu às hostilidades contra ela.
Em seguida, a candidata
participou de carreata por
bairros populares na região
metropolitana de Curitiba. A
comitiva furou dois semáforos vermelhos, mas não voltou a ser multada.
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