São Paulo, sexta-feira, 22 de outubro de 2010

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Tucano rebate petista e afirma que agressão "não foi nada leve"

Candidato usa imagens da pancada na TV e diz que presidente acoberta atos de violência

DIMITRI DO VALLE
ENVIADO ESPECIAL A PONTA GROSSA

JOSÉ MASCHIO
ENVIADO ESPECIAL A MARINGÁ

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse que a agressão que sofreu anteontem, durante campanha na zona oeste do Rio, "não foi nada leve" e que não houve simulação. Ele afirmou que o presidente Lula, ao falar em "farsa", está "dando cobertura a atos de violência".
"Eu fui agredido ontem [anteontem]. Todo mundo que estava em volta viu. Não foi nada leve", disse Serra ontem em Ponta Grossa (PR).
"O engraçado é que aquelas pessoas que pensam que houve simulação, na verdade, estão me medindo com a régua deles. Eles provavelmente fariam simulação e outras coisas desse tipo."
Serra afirmou que foram arremessados contra ele diversos objetos. "Fui atingido por outras bolinhas de papel, empurrões, raspões de bandeira, até que veio esse objeto mais pesado. Bateu na cabeça, fiquei tonto, fiquei um pouco grogue, mas não cheguei a desmaiar", afirmou.
Sobre as declarações feitas ontem por Lula, que o acusou de simular a agressão, Serra fez a ressalva de que ia falar com base apenas no que os jornalistas lhe contaram.
"Fico preocupado com a principal autoridade da República, de alguma maneira, dando cobertura a atos de violência", afirmou.
Em Maringá (PR), ainda ontem, Serra disse que Lula contribui para o "clima de violência" da disputa.
"Infelizmente, a atitude do presidente da República, ao se colocar de corpo e alma na campanha eleitoral ao invés de governar o país, só contribuiu para esse clima de violência", afirmou.

NA TV
O programa eleitoral de Serra na TV usou ontem imagens da agressão e afirmou que o fato é "inaceitável".
Segundo a apresentadora do programa, "militantes do PT apareceram para impedir Serra de fazer campanha".
A propaganda ainda comparou o episódio à bandeirada que atingiu a cabeça do ex-governador de São Paulo, Mario Covas, durante manifestação no ABC paulista ocorrida em 2000.


Colaborou a Reportagem Local


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