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TODA MÍDIA
NELSON DE SÁ nelsonsa@uol.com.br
Joana d'Arc rebelde
Sobre o processo da ditadura contra Dilma Rousseff
noticiado pela Folha no sábado, "New York Times" e
"Washington Post" postaram, da Associated Press,
"Passado guerrilheiro da presidente eleita do Brasil é
descrito". Os textos "indicam que supervisionava um
arsenal de armas", mas "muito da informação vem do
interrogatório de torturados". A agência anota que ela
era vista como "Joana d'Arc do movimento".
Na France Presse, "Presidente eleita foi "Joana
d'Arc" rebelde". No título do argentino "La Nación",
"Novas revelações sobre o passado de Dilma", com o
correspondente enfatizando a expressão "Joana d'Arc
da subversão". Já no título do espanhol "ABC", "Dilma foi torturada durante 22 dias na ditadura".
No título do inglês "Telegraph", a partir de notícia
do "Globo" na sexta, "Próxima presidente do Brasil foi
cérebro por trás dos revolucionários radicais".
VATICANO & DILMA
O jornal "semioficial" da
Santa Sé, "L'Osservatore Romano", deu no sábado o
texto "Com Dilma Rousseff,
intervenção mais forte do
Estado na economia". Diz
que ela "não abandonará a
política liberal de Lula, mas
prosseguirá no acréscimo
do peso das empresas públicas". Dá como sinal de
continuidade a confirmação de Guido Mantega,
"nascido em Gênova".
Um dia antes, a Folha
noticiou a carta de Dilma a
Bento 16, dizendo esperar
"relações fecundas".
E o "New York Review of Books" postou análise de
Lilia Schwarcz, anotando
que Dilma, "que é bastante
secular, fez tentativas desajeitadas de cortejar os votos
católicos". E que o papa,
três dias antes da eleição,
"endossou implicitamente
seu rival, José Serra".
RISCO? QUE RISCO?
John Authers, colunista e
editor da seção Lex do "Financial Times", publicou
no sábado que o "Risco começa a deixar as economias
emergentes". Pergunta se
chegou a hora de parar de
chamar o investimento "em
China, Brasil e outros" como "risco". Mais: "Será que
o mundo emergente agora é
o destino para aqueles que
buscam segurança?".
Argumenta com "números precisos" para o custo
percentual do seguro contra moratória hoje no mercado. O risco chinês está
abaixo do francês e no nível
do britânico. O risco brasileiro está abaixo do italiano
e é metade do espanhol.
"Este julgamento relativo do mundo emergente se reverteu completamente nos últimos dois anos."
Na mesma linha, o consultor em commodities Donald Coxe, de Chicago, fala ao "Barron's"
que hoje "o esquisito é que os únicos fatores de risco são na nossa parte do mundo _não nos mercados emergentes".
NO ATLÂNTICO SUL
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, dias depois da eleição de Dilma, atacou a estratégia de EUA e Otan para o Atlântico Sul, como destacou a Folha.
E ontem, em meio à cúpula da Otan na Europa, "O Estado de S. Paulo" deu que a "Marinha vai ter seis submarinos atômicos e mais 20 convencionais até 2047". Seria "a mais poderosa força dissuasória" da região. Ecoou em jornais da Argentina ao Chile -e por agências de EUA e Europa, estas sublinhando que, segundo o almirante Neto Moura, "a defesa do pré-sal e a nova posição do Brasil no contexto mundial são fatores que reforçam a necessidade da dissuasão". Lula "visita as obras" do estaleiro no Rio no mês que vem.
Lula & Honduras
O site RT noticiou no final da semana que o presidente Porfírio Lobo declarou que o deposto Manuel Zelaya "pode regressar" a Honduras. E que em dezembro Lobo e Lula se encontram na República Dominicana "para avaliar garantias para o regresso".
Obama vs. Cuba
Jim Sciutto, correspondente da ABC, escreve na "New Republic" que "Cuba está se abrindo", mas "a América vira as costas". Diz que até "proposta modestas", como permitir visitas de americanos a eventos religiosos, "estão paradas na mesa de Obama".
SOB ATAQUE
John Hendrix/scientificamerican.com
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A "Scientific American" dá longo ensaio de Tim Berners-Lee, criador da world wide web, que faz 20 anos. Ele alerta que "é preciso defender a web", ameaçada de ser quebrada em "ilhas fragmentadas" por Apple, Facebook e Google
Eike quer iPad
O site da "Forbes" e a Bloomberg destacaram que "o homem mais rico do Brasil", Eike Batista, "quer uma fábrica da Apple" no Rio, para reduzir o preço com que o iPad vai estrear no país. Negocia com fabricantes da Ásia, mas depende de aceitação da Apple.
E já vem o iPad 2
O site DigiTimes, de Taiwan, deu que três fabricantes foram certificadas pela Apple para a "segunda geração do tablet", que "segundo fontes" abre distribuição já em fevereiro. No Brasil, lamentou o site MacWorld, "nem a primeira chegou...".
Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br
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