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OUTRO LADO
Tucano diz que nomeados dão "suporte"
DE SÃO PAULO
Em entrevista por telefone
e por escrito, o senador Sérgio Guerra (PSDB) afirmou
que todos os funcionários comissionados lotados no escritório dão "suporte" às
suas atividades de senador
em todo o Estado.
"Você acha que eu pago
eles para quê? Para chupar
chiclete? Eles me ajudam na
política, no meu trabalho lá,
de um jeito ou de outro."
O senador confirmou que
seu único escritório de apoio
em Pernambuco é o que foi
visitado pela reportagem, em
Boa Viagem, em Recife.
Ao ser informado de que
apenas uma secretária trabalhava no escritório, Guerra
disse que ali é o local de suas
"atividades mais fechadas".
Questionado sobre a razão
de nomear nove pessoas de
uma mesma família, o presidente do PSDB afirmou respeitar "critérios de confiança
e de competência".
O senador não especificou
as atividades exercidas pelas
pessoas nomeadas por ele.
Disse que mais informações poderiam ser obtidas
por Caio Mário Mello Costa
Oliveira, classificado pelo tucano ele como aquele "que
resolve tudo para mim".
CONFIANÇA
Caio reconheceu que ele e
seus parentes não dão expediente no escritório, mas disse que eles prestam serviços
ao senador e que foram contratados por confiança.
Sobre os 37 comissionados
oficialmente lotados no escritório de apoio, Guerra afirmou que, por presidir um
partido, precisa de "maior
apoio fora de Brasília".
Em nota enviada à Folha,
o senador disse que envia
mensalmente o relatório de
frequência dos servidores.
A reportagem pediu ao gabinete do senador uma cópia, mas foi informada de
que eles são preenchidos via
on-line e que não seria possível fornecer o documento.
Em relação à contratação
da agência Aporte Comunicação, de outro irmão de
Caio, Guerra não explicou
quais são os serviços prestados pela empresa.
Na nota, disse apenas que
o Senado "autoriza a utilização das verbas de gabinete
para a contratação de assessoria de marketing, imprensa, pesquisas, dentre outras
atividades de comunicação".
A reportagem procurou
Ângelo de Mello Costa Oliveira, dono da Aporte, mas foi
informada de que ele estava
no exterior e que só voltaria
após os festejos de São João.
Seu irmão Caio afirmou
que a empresa faz "análises e
pesquisas qualitativas" todos os meses.
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