São Paulo, sábado, 23 de julho de 2011

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Entidades defendem Toffoli sobre ida a casamento na Itália

Convite de advogado a ministro não interfere em causas, dizem

FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA

As duas principais associações de juízes brasileiros saíram ontem em defesa do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) José Antonio Dias Toffoli, ao dizer que um magistrado só precisa se declarar suspeito para julgar uma causa quando é amigo íntimo de uma das partes e não de seus advogados.
A Folha revelou ontem que Toffoli faltou a um julgamento no STF para participar do casamento do advogado criminalista Roberto Podval na ilha de Capri, na Itália.
Os noivos ofereceram aos convidados dois dias de hospedagem. Toffoli não disse quem pagou pela estada no hotel cinco estrelas e pelos deslocamentos no país.
Procurado ontem, o ministro se recusou novamente a informar suas despesas.
Por meio de sua assessoria, informou não ter recebido ajuda do STF e que as passagens foram pagas por ele.
"Os casos de suspeição previstos em lei são referentes apenas a relação de amizade íntima ou inimizade capital entre o magistrado e a parte e jamais em relação ao advogado", afirmou, em nota, o presidente da Ajufe, Gabriel Wedy.
"O caso não tem essa gravidade. Juízes, promotores e advogados convivem a vida toda", disse Nelson Calandra, da Associação dos Magistrados Brasileiros. No STF, Toffoli relata dois processos nos quais Podval atua.


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