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FOCO
Humoristas fazem passeata contra veto a "piada eleitoral"
BEATRIZ TAFNER
DO RIO
Com palavras de ordem
como "Aha, uhu, Sabrina, eu
vou tirar sua roupa", dirigidas à Sabrina Sato, apresentadora do programa "Pânico"; e "O que é um pontinho
no Congresso? Não posso dizer, senão levo um processo", humoristas fizeram uma
passeata divertida ontem pela orla de Copacabana, zona
sul do Rio de Janeiro.
O objetivo da marcha "Humor sem censura" era protestar contra a Lei Eleitoral, que
proíbe o uso de "recurso de
áudio ou vídeo que ridicularize candidato", o que impede programas de humor de
fazerem piadas com os postulantes. A manifestação reuniu cerca de 600 pessoas.
Muitos estavam lá para ver
seus ídolos -além de Sabrina Sato, também participaram Marcelo Madureira, Hélio de La Peña e Beto Silva, do
"Casseta e Planeta"; Danilo
Gentili, do "CQC" e Fabio
Porchat, do "Comédia em
Pé". Os artistas acabaram
aproveitando para deixar
seus nomes no abaixo assinado que pretende pedir mudanças na legislação.
A intenção é entregar as
assinaturas ao presidente da
Funarte (Fundação Nacional
de Artes), Sergio Mamberti,
para que elas sejam encaminhadas ao ministro da Cultura, Juca Ferreira.
"O prejuízo da população
vai além da questão de não
poder mais dar risada com a
política", disse Porchat, que
liderou a passeata em direção ao Leme -ao longo do
caminho, muitos foram trocando a caminhada por um
chope nos quiosques da orla.
Para Danilo Gentili, do
CQC, a liberdade de expressão é soberana. "Cada um
tem que poder falar o que
quiser e com isso, talvez também ouvir o que não quer."
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