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Polícia Federal cumpre mais 15 mandados no Amapá
Depoimentos dão sequência à Operação Mãos Limpas, que investiga desvios de recursos públicos de até R$ 300 milhões no Estado
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BELÉM
A Polícia Federal cumpriu
ontem, no Amapá, 15 mandados de condução coercitiva
-quando alguém é levado
por policiais para depor.
Trata-se de nova investida
da Operação Mãos Limpas,
que, no dia 10, prendeu 18
pessoas, dentre elas o governador Pedro Paulo Dias (PP)
e o ex, Waldez Góes (PDT).
A Folha apurou que um
mandado se dirigia a alto
funcionário da Assembleia.
No dia em que a Mãos Limpas foi deflagrada, o presidente da Assembleia e candidato ao governo, Jorge Amanajás (PSDB), foi levado para
prestar depoimento. Suspeita-se que haja na Casa milhares de funcionários-fantasmas. Amanajás nega.
A Mãos Limpas apura desvios de mais de R$ 300 milhões recursos públicos.
Presos no dia da operação,
Dias e Góes, candidatos à
reeleição e ao Senado, respectivamente, foram soltos.
Conforme a Folha revelou,
até membros do Judiciário local foram citados em interceptações telefônicas.
Ontem, a reportagem recebeu carta do presidente do
Tribunal de Justiça, Dôglas
Evangelista, mencionado em
um dos grampos. Ele nega
envolvimento no suposto esquema narrado pela polícia.
Na citação, Paulo Melém,
tido como "testa de ferro" de
Roberto Góes (PDT), prefeito
de Macapá e, segundo a PF,
envolvido em irregularidades, pede a alguém que faça
um "serviço" para Dôglas.
O desembargador diz que
o serviço foi "institucional":
a prefeitura fez "limpeza" em
terreno do TJ invadido por
"movimentos populares".
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