São Paulo, quinta-feira, 23 de setembro de 2010

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Polícia Federal cumpre mais 15 mandados no Amapá

Depoimentos dão sequência à Operação Mãos Limpas, que investiga desvios de recursos públicos de até R$ 300 milhões no Estado

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BELÉM

A Polícia Federal cumpriu ontem, no Amapá, 15 mandados de condução coercitiva -quando alguém é levado por policiais para depor.
Trata-se de nova investida da Operação Mãos Limpas, que, no dia 10, prendeu 18 pessoas, dentre elas o governador Pedro Paulo Dias (PP) e o ex, Waldez Góes (PDT).
A Folha apurou que um mandado se dirigia a alto funcionário da Assembleia.
No dia em que a Mãos Limpas foi deflagrada, o presidente da Assembleia e candidato ao governo, Jorge Amanajás (PSDB), foi levado para prestar depoimento. Suspeita-se que haja na Casa milhares de funcionários-fantasmas. Amanajás nega.
A Mãos Limpas apura desvios de mais de R$ 300 milhões recursos públicos.
Presos no dia da operação, Dias e Góes, candidatos à reeleição e ao Senado, respectivamente, foram soltos.
Conforme a Folha revelou, até membros do Judiciário local foram citados em interceptações telefônicas.
Ontem, a reportagem recebeu carta do presidente do Tribunal de Justiça, Dôglas Evangelista, mencionado em um dos grampos. Ele nega envolvimento no suposto esquema narrado pela polícia.
Na citação, Paulo Melém, tido como "testa de ferro" de Roberto Góes (PDT), prefeito de Macapá e, segundo a PF, envolvido em irregularidades, pede a alguém que faça um "serviço" para Dôglas.
O desembargador diz que o serviço foi "institucional": a prefeitura fez "limpeza" em terreno do TJ invadido por "movimentos populares".


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