São Paulo, quinta-feira, 23 de dezembro de 2010 |
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Alencar enfrenta "momento mais difícil", diz médico Vice-presidente foi submetido a nova cirurgia ontem, mas cirurgião não conseguiu conter o sangramento "Doença começa a ficar mais agressiva", o que dificulta tratamento, diz Cutait, para quem cirurgia foi "heroica"
FERNANDO GALLO DE SÃO PAULO O vice-presidente da República, José Alencar, 79, passa pelo momento mais delicado de saúde de sua vida desde que começou a combater o câncer, há 13 anos. A afirmação foi feita ontem pelo cirurgião Raul Cutait, um dos médicos que cuidam de Alencar, após a cirurgia de três horas a que o vice foi submetido na tentativa de contenção de uma hemorragia abdominal. O motivo seria a existência de um tumor. "Ac ho que é o momento mais difícil pelo qual ele está passando. Porque a doença começa a ficar mais agressiva, as possibilidades de tratamento ficam mais cerceadas e, embora todos continuem lutando com extremo envolvimento, a gente percebe que a situação não está mais tão tranquila", disse. Alencar deu entrada no hospital Sírio Libanês na manhã de ontem após apresentar, na cavidade abdominal, um sangramento "extremamente intenso e grave", nas palavras de Cutait. "Ficamos numa encruzilhada entre aguardar que cessasse o sangramento ou então tentar heroicamente realizar uma nova cirurgia", afirmou o médico. Apesar de o procedimento ter durado cerca de três horas, a equipe médica não conseguiu chegar ao tumor. Algumas aderências muito intensas no abdômen, consequência de outra cirurgia na mesma região há um mês, impediram a penetração. De acordo com Cutait, a hemorragia poderia "eventualmente parar ou não". Os médicos esperavam as horas seguintes à cirurgia para fazer nova avaliação. Um novo procedimento cirúrgico estava descartado justamente porque as cavidades abdominais oriundas da última cirurgia só poderão ser desfeitas em alguns meses. A situação do vice-presidente é ainda mais delicada por causa do infarto agudo do miocárdio sofrido por ele há pouco mais de um mês. Alencar tomava medicamentos anticoagulantes no processo pós-cirúrgico, que tiveram que ser suspensos em função do sangramento. Texto Anterior: Wikileaks/Papéis brasileiros: EUA queriam encontro com alto escalão sobre o Irã Próximo Texto: FOLHA.com Índice | Comunicar Erros |
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