São Paulo, terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Kassab muda equipe para ampliar base Prestes a migrar do DEM para o PMDB, prefeito de São Paulo ofereceu espaço em pastas a PR, PC do B, PDT e PV Estratégia foi reação a contato de Alckmin com pedetistas; democrata fixa abril como prazo para mudança de sigla DE SÃO PAULO Prestes a se filiar ao PMDB, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), prepara uma minirreforma em seu secretariado com objetivo de ampliação de sua base política no Estado. Kassab -que busca se viabilizar como liderança alternativa à disputa entre PSDB e PT- ofereceu espaço ao PR, PC do B, PDT e PV. Ele ensaiou seus primeiros passos no fim do ano passado, quando Geraldo Alckmin (PSDB) buscava uma aproximação com os partidos do chamado bloquinho para a montagem de sua equipe. No fim do ano, logo após Alckmin anunciar interesse pelo PDT, Kassab almoçou em Brasília com o presidente nacional do partido, o ministro Carlos Lupi (Trabalho). O PDT deverá ocupar uma corregedoria da Secretaria Municipal do Desenvolvimento e Trabalho. O nome cotado é o do sindicalista Luiz Antonio Medeiros. Já o PR deverá ser contemplado com a Secretaria de Esportes, hoje ocupada pelo tucano Walter Feldman. O PC do B deverá assumir uma secretaria exclusivamente criada para a organização da cidade para a realização da Copa em 2014. Kassab chegou a sondar o ministro Orlando Silva para o cargo, mas PR e PC do B ainda não responderam aos convites de Kassab. Num aceno ao PV, Kassab convidará o vereador da legenda Roberto Tripoli para assumir a liderança do governo na Câmara Municipal. Além das mudanças, previstas para o próximo mês, Kassab não descarta a ideia de aumentar a participação do PMDB em seu governo. Hoje titular da Secretaria de Esportes, Feldman admite ter conversado com Kassab sobre a hipótese de abrir vaga para a volta do PR no governo. "Conversamos sobre isso durante a eleição da Mesa da Câmara. Mas não há nada definido", disse Feldman. O PR, que era representado por Marcos Cintra, perdeu lugar quando o secretário se desfiliou do partido. Agora, reivindica sua cadeira no secretariado. Aliados do prefeito não descartam ainda mudanças na Secretaria de Coordenação das Subprefeituras. Kassab mantém a estratégia de indicação de coronéis da Polícia Militar para as subprefeituras. Só na semana passada, três subprefeitos foram substituídos por PMs. PMDB Nas conversas, Kassab fixa o início de abril como limite para sua migração ao PMDB. O prefeito tinha um compromisso com o vice-presidente Michel Temer de se filiar ao PMDB ainda em fevereiro. Mas, atendendo às ponderações do ex-senador Jorge Bornhausen (SC), decidiu ficar no DEM até a eleição do novo comando do partido, em março. Segundo os planos de Kassab, o ideal seria garantir a vitória de seu grupo na disputa com Rodrigo Maia (RJ) pela presidência do DEM. Já no comando do partido, seus aliados poderiam viabilizar uma saída dentro das brechas abertas pela lei. No partido, a avaliação é a de que Kassab poderia deixar o DEM sem risco de perda de mandato. Mas o grupo de pelo menos dez deputados só teria a mesma sorte em caso de um acordo com a direção do partido. A construção de uma saída dependerá do resultado das eleições. O primeiro teste acontecerá na semana que vem, com a eleição do novo líder do DEM na Câmara. (CATIA SEABRA) Texto Anterior: PSDB escala publicitário envolvido em escândalo em MG Próximo Texto: FOLHA.com Índice | Comunicar Erros

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