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Justiça do Rio concede liberdade ao ex-banqueiro Salvatore Cacciola
Ex-dono do Marka terá de manter casa fixa e não poderá deixar país
DO RIO
O ex-banqueiro Salvatore
Alberto Cacciola, 65, teve pedido de liberdade condicional aceito pela Justiça e poderia ser solto ainda ontem.
Cacciola foi condenado em
2005 pela 6ª Vara Federal Criminal a 13 anos de prisão por
peculato e gestão fraudulenta de instituição financeira.
Ele era dono do banco
Marka, que foi socorrido pelo
Banco Central durante a maxidesvalorização do real, em
1999, num episódio que custou R$ 1,6 bilhão ao erário.
Preso preventivamente em
2000, ele recebeu habeas
corpus do então presidente
do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, e
fugiu para a Itália, país do
qual tem cidadania. Por esse
motivo, teve a extradição para o Brasil negada.
Em setembro de 2007, foi
preso pela Interpol em Mônaco, numa viagem a passeio, e
foi extraditado ao Brasil em
julho de 2008. Desde então,
cumpria a pena no complexo
penitenciário de Bangu.
Anteontem, a juíza Natascha Maculan Adum Dazzi, da
Vara de Execuções Penais do
Rio, concedeu a liberdade
condicional a Cacciola.
Ela contrariou manifestação do Ministério Público,
que considerava que o ex-banqueiro não poderia ser
beneficiado já que seu caso
não transitou em julgado.
A Justiça do Rio levou em
consideração o fato de Cacciola ter cumprido um terço
da pena e ter tido bom comportamento no último ano.
Cacciola terá que manter
residência fixa (deve ficar na
casa da namorada) e não poderá deixar o país. Ele terá de
se apresentar regularmente
ao Tribunal de Justiça e não
terá de usar a tornozeleira
eletrônica, que monitora presos no regime semiaberto.
(RODRIGO RÖTZSCH)
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