São Paulo, quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Inadimplência tem a maior taxa em 14 meses

EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA

A inadimplência dos consumidores voltou a subir em julho, depois da estabilidade do mês anterior. Segundo dados do Banco Central, a taxa passou de 6,4% para 6,6%, a maior em 14 meses.
Economistas avaliam que os atrasos podem crescer, mas a alta será moderada e pode ser revertida.
Alexandre Andrade, da consultoria Tendências, prevê que a inadimplência terá um pico neste semestre, para recuar até o início de 2012.
A piora se deve ao aumento de juros e às restrições de prazo em linhas mais baratas, como consignado e veículos, o que levou muitas pessoas ao cheque especial.
O emprego ainda em expansão e a renda mais alta, diz, esfriarão o movimento.
Carlos Thadeu de Freitas, economista da Confederação Nacional do Comércio, acha que apenas uma piora significativa na crise externa, que afete o emprego, levaria a uma disparada nos atrasos. "A inadimplência não vai cair como o BC está achando, mas também não vai subir muito", afirma.
Wemerson França, da LCA, espera que o indicador chegue a 7% nos próximos meses, e fique estável em 2012. "Está dentro do esperado porque as medidas de restrição trouxeram o custo do crédito para outro patamar."
O BC diz que a tendência é de estabilidade seguida de queda: "Essas oscilações são naturais, mas a expectativa é de acomodação, tendo em vista a continuidade de crescimento do emprego e da massa salarial", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.


Texto Anterior: Governo reedita ação de estímulo ao microcrédito
Próximo Texto: Justiça do Rio concede liberdade ao ex-banqueiro Salvatore Cacciola
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.