São Paulo, domingo, 25 de setembro de 2011

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ilustrada em cima da hora

Mike Patton surpreende com Orquestra

ROCK IN RIO 2011 Com Sinfônica de Heliópolis, vocalista do Faith No More fez primeiro grande show do festival

Antes disso, som ruim prejudicou apresentação de Milton Nascimento e Esperanza Spalding

MARCUS PRETO
THALES DE MENEZES

ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO

O Rock in Rio teve, afinal, um show original. Com Mike Patton. De paletó e camisa sem gravata, com cabelo engomado, nem de longe ele lembrou o vocalista cabeludo do Faith No More nos anos 1990. Ainda bem.
A apresentação de seu projeto Mondo Cane ao lado da Orquestra Sinfônica de Heliópolis foi o primeiro momento surpreendente do festival.
Patton cantou em italiano, com pronúncia meio capenga. Depois de umas baladas, transgrediu o pop italiano sessentista com gritaria, batucada e os meninos da orquestra em coro animado.
Ele se soltou. Brincou com as vocalistas de apoio, rebolou, incitou o público a berrar e dançar. Atacou mais canções italianas, fazendo numa delas o refrão com megafone. Saiu ovacionado.
À tarde, antes que as fortes pancadas de chuva começassem, Milton Nascimento e a cantora e contrabaixista americana Esperanza Spalding cantaram no palco Sunset, o menor do Rock in Rio. E sofreram com o péssimo som que chegava ao público.
Microfonias à parte, a apresentação foi representativa do que é a versão 2011 do festival. Moleques de 18, 20 anos, com camisetas do Red Hot Chili Peppers, banda que encerraria a noite, cantando o refrão de "Maria Maria", de Milton, a plenos pulmões. Roqueiros, MPBistas e a turma do jazz se misturavam e se confundiam.

ROCK RÁPIDO
O NX Zero abriu a noite no palco Mundo, o principal. A banda certa no lugar certo. Rock rápido, com letras simplórias e clichês de guitarra, mas agradou.
Depois, o Stone Sour, banda paralela de Corey Taylor, do Slipknot, apresentou um hard rock genérico. Destaque só para o visual "coxinha" do cantor, de camisa social escura, parecendo mais metade de uma dupla de sertanejo universitário.
Antes do fechamento desta edição, o Capital Inicial entrou no palco para uma chuva de hits, enquanto a chuva de verdade dava um tempo. "Natasha", "Independência", "Primeiros Erros" e outras conhecidos, que o grupo defendeu com garra -e um som meio "embolado".

MIKE PATTON
AVALIAÇÃO ótimo

MILTON NASCIMENTO & ESPERANZA SPALDING
AVALIAÇÃO bom

NX ZERO
AVALIAÇÃO bom

STONE SOUR
AVALIAÇÃO regular


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