São Paulo, segunda-feira, 25 de outubro de 2010

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OUTRO LADO

Órgão federal e empresas negam irregularidades

DE BRASÍLIA

O presidente do Ibama, Abelardo Bayma Azevedo, negou existir "uso político" do órgão e disse que as acusações dos fiscais em São Paulo "estão sendo apuradas por Brasília". Segundo ele, o resultado da sindicância deve sair "nos próximos dias".
Azevedo indicou que os denunciantes poderão ser responsabilizados, ao final da apuração, caso as denúncias não sejam comprovadas.
"Se aquilo não fica comprovado, você dá direito ao outro de poder processá-lo diante dos preceitos legais."
Azevedo disse que partiu dele a ordem de desembargar o porto de Santos -um dos casos averiguados pela sindicância. O presidente defendeu Analice Pereira e disse que não havia recebido denúncia contra ela até então.
O Ibama divulgou decisão judicial que reconheceu a autoridade do órgão para afastar os dois fiscais do episódio do porto de Santos.
A superintendente do Ibama Analice de Novais Pereira afirmou, por e-mail, que as denúncias "não têm fundamentação nem materialidade" e que, por isso, não aceitou deixar o cargo durante a sindicância. "Nada existe contra a minha integridade."
Ela confirmou ter recebido os representantes da Dedini, mas alegou que o encontro estava agendado antes do e-mail enviado por Vicentinho.
Segundo ela, o desembargo ocorreu após a apresentação, pela Dedini, das licenças prévias e de instalação.
Sobre o Rodoanel, Analice confirmou ter ocorrido uma "vistoria técnica" em abril.
Contudo, segundo ela, a vistoria "foi acordada em reunião técnica na Secretaria do Verde do Meio Ambiente do Município de São Paulo, em que foram expostos problemas de assoreamento".
Confirmou ter recebido ligação da representante do porto, mas disse que passou a chamada para o substituto.
A respeito da denúncia de uso político do órgão, Analice afirmou: "Prestei todos os esclarecimentos e informações ao Ministério Público e não vou me manifestar".
A construtora Queiroz Galvão defendeu a legalidade de suas atividades. A assessoria da Dedini disse ainda ter cumprido todos os cuidados com o meio ambiente.
A Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) não comentou. A Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool negou que tenha sido beneficiada e disse que, além de autuada, teve suas atividades embargadas por 15 dias.


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