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OUTRO LADO
Órgão federal e empresas negam irregularidades
DE BRASÍLIA
O presidente do Ibama,
Abelardo Bayma Azevedo,
negou existir "uso político"
do órgão e disse que as acusações dos fiscais em São
Paulo "estão sendo apuradas
por Brasília". Segundo ele, o
resultado da sindicância deve sair "nos próximos dias".
Azevedo indicou que os
denunciantes poderão ser
responsabilizados, ao final
da apuração, caso as denúncias não sejam comprovadas.
"Se aquilo não fica comprovado, você dá direito ao
outro de poder processá-lo
diante dos preceitos legais."
Azevedo disse que partiu
dele a ordem de desembargar o porto de Santos -um
dos casos averiguados pela
sindicância. O presidente defendeu Analice Pereira e disse que não havia recebido denúncia contra ela até então.
O Ibama divulgou decisão
judicial que reconheceu a autoridade do órgão para afastar os dois fiscais do episódio
do porto de Santos.
A superintendente do Ibama Analice de Novais Pereira
afirmou, por e-mail, que as
denúncias "não têm fundamentação nem materialidade" e que, por isso, não aceitou deixar o cargo durante a
sindicância. "Nada existe
contra a minha integridade."
Ela confirmou ter recebido
os representantes da Dedini,
mas alegou que o encontro
estava agendado antes do e-mail enviado por Vicentinho.
Segundo ela, o desembargo ocorreu após a apresentação, pela Dedini, das licenças prévias e de instalação.
Sobre o Rodoanel, Analice
confirmou ter ocorrido uma
"vistoria técnica" em abril.
Contudo, segundo ela, a
vistoria "foi acordada em
reunião técnica na Secretaria
do Verde do Meio Ambiente
do Município de São Paulo,
em que foram expostos problemas de assoreamento".
Confirmou ter recebido ligação da representante do
porto, mas disse que passou
a chamada para o substituto.
A respeito da denúncia de
uso político do órgão, Analice afirmou: "Prestei todos os
esclarecimentos e informações ao Ministério Público e
não vou me manifestar".
A construtora Queiroz Galvão defendeu a legalidade de
suas atividades. A assessoria
da Dedini disse ainda ter
cumprido todos os cuidados
com o meio ambiente.
A Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo)
não comentou. A Companhia
Brasileira de Açúcar e Álcool
negou que tenha sido beneficiada e disse que, além de autuada, teve suas atividades
embargadas por 15 dias.
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