São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 2011

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Planalto articula fim de aliança PT-PSDB em Belo Horizonte

Interlocutores de Dilma avisam a prefeito do PSB que petistas não apoiarão reeleição se Aécio ficar na chapa

Aliados do tucano veem no movimento a chance de largada para eleição presidencial, com perda de força do PT local

CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

Por orientação do Palácio do Planalto e de aliados do tucano Aécio Neves, o triângulo PT-PSB-PSDB em apoio ao prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), está à beira da implosão.
Até Lacerda reconhece: "Se fosse agora, 99% de impossibilidade [de reedição do acordo que o elegeu]. Mas, daqui a uns oito meses, a coisa toda pode mudar", disse o prefeito, alegando que a precipitação do debate impõe risco à administração.
Sob a avaliação de que Aécio deve ser tratado como um adversário em potencial, integrantes do governo Dilma avisaram ao PSB que não apoiarão Lacerda no ano que vem caso o PSDB permaneça em sua base.
"O PT nacional não quer o PSDB na aliança", disse o presidente de honra do PT de BH, Aluisio Marques.
Apesar da pressão para que tentem recuperar a prefeitura, petistas até admitem reeditar a aliança de 2008, desde que o PSB se comprometa para a disputa de 2014.
"Temos que buscar uma aliança na capital, desde que o PSB entenda que estaremos juntos em 2014. Se não, seguiremos nosso caminho", afirmou o deputado Odair Cunha (PT-MG).

AMEAÇA DO PDB
A iminente ampliação do PSB -como produto da fusão com um novo partido a ser fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM),- também é encarado como ameaça para Dilma.
Já no PSDB, cresce a tese de que, para garantir largada para uma eventual disputa presidencial, Aécio terá de debilitar o PT de Minas.
"Com a votação que teve na capital, o PSDB tem condições de lançar candidato", disse o presidente estadual do PSDB, Nárcio Rodrigues.
Vice-presidente do PSB, o ex-ministro Walfrido Mares Guia diz torcer pela manutenção da aliança. Mas diz que Lacerda tem condições de concorrer sem PT e PSDB.


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