São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 2011

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Itamaraty investiga sumiço de 18 obras da embaixada na França

Ministério evita comentar tema; não foi registrado furto na polícia

DE SÃO PAULO

O Ministério das Relações Exteriores confirmou ontem que investiga o sumiço de, pelo menos, 18 obras de arte da Embaixada do Brasil em Paris, na França.
A sindicância foi aberta no final do ano passado. De acordo com o Itamaraty, ela corre em sigilo. O ministério afirma que não irá se pronunciar sobre o assunto.
De acordo com reportagem do jornal "Correio Braziliense", não foi registrado furto na embaixada pela polícia da França.
As obras desaparecidas são quadros, gravuras e tapetes que foram doados à embaixada.
O sumiço foi descoberto pelo embaixador na França, José Maurício Bustani, ao pedir o inventário do acervo quando assumiu o posto, em fevereiro de 2008.
Esse tipo de solicitação não é comum no mundo diplomático.
"Tais bens não puderam ser localizados após intensos e exaustivos trabalhos de procura e de identificação realizados dentro das dependências da chancelaria e da residência", afirmou o embaixador em um telegrama ao Itamaraty assinado há quatro meses, segundo a reportagem do "Correio".
A relação das obras que estão desaparecidas não incluiu trabalhos de artistas conhecidos. No entanto, de acordo com um telegrama de Bustani, foi encontrado no prédio da embaixada um quadro de Di Cavalcanti sem placa de identificação.
Avaliada em US$ 1,5 milhão, a obra não faz parte oficialmente do acervo oficial. Por falta de espaço na sua casa em Paris, o pintor guardava parte de suas pinturas no prédio da embaixada.
Na década de 1960, foram encontradas no prédio obras suas que estavam desaparecidas por 20 anos.

Lista das obras
folha.com.br/po881390


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