São Paulo, quarta-feira, 26 de maio de 2010

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Inimigos externos

O programa "Diálogo", da chinesa CCTV, entrevistou a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton -e, em meio a perguntas sobre o casamento da filha, questionou como o governo Obama "permite que a política interna influencie na política externa".

 


Ontem, o ex-embaixador na ONU, o republicano John Bolton, criticou no "Wall Street Journal" a perda de controle, por Hillary, sobre temas como Irã e Coreia. Em ano eleitoral, atacou como "os riscos crescem enquanto o presidente se regozija com um mundo em que o poder americano unilateral é diminuído".
Ontem também, destaque on-line do "China Daily" ao "New York Times", Hillary voltou a atacar Irã e Coreia do Norte. E não parou por aí.
O Drudge Report abriu o enunciado "Wars", chamando para ações ou ameaças de guerra nos dois citados, no Afeganistão, na Síria e no Líbano e até com a própria China.



Crise pré-eleição
Ainda sobre a visita, destaque no Drudge Report, "EUA minimizam crise europeia, mas China está preocupada". No canal financeiro CNBC, um "grande investidor" avisou que o país "deve se preparar para muita volatilidade de junho a agosto", com os problemas da Europa "alcançando Estados como a Califórnia e Nova York".

"Mídia censura"
Primeiro no blog da esquerda democrata Daily kos, depois no Huffington Post, "Mídia dos EUA censura apoio dos EUA a acordo sobre combustível do Irã". O post de Robert Naiman diz que quem "se informa pelos grandes meios de comunicação" do país, citando o "NYT", não soube que Turquia e Brasil tiveram apoio para o acordo.

PÓS-LULA

washingtontimes.com


O "Washington Times" abriu página ontem para o longo perfil "Luz de Silva reflete no Brasil". Christopher Garman, da consultoria Eurasia, diz que "ainda não se sabe se o país manterá papel significativo depois de Lula" -com Dilma, que "nunca disputou uma eleição", ou com Serra, "tecnocrata insípido".

NO PALCO DO MUNDO
Jaime Daremblum, ex-embaixador da Costa Rica nos EUA, hoje no Hudson Institute, ataca Lula na conservadora "Weekly Standard". Sob o título "A insensatez de Lula", diz que Rússia e China usam o acordo para enfraquecer as sanções ao Irã. E cobra que ele use a "influência florescente" do Brasil para promover o "desenvolvimento liderado pelo mercado".
Já a alemã "Der Spiegel", em longa reportagem, saúda como "Lula, do Brasil, salta para a Primeira Liga da diplomacia mundial", com o acordo. Registra que o também alemão "Frankfurter Allgemeine" avaliou o acordo como "fiasco", mas ressalta que "todas essas objeções não preocupam Lula: ele mostrou que não pode mais ser ignorado no palco do mundo".

bbc.co.uk
"LEVANTANDO VOO"
"Se o céu é o limite, o Brasil está trabalhando duro para chegar lá", começou a reportagem da BBC sobre o setor aéreo. Entrevistou o fundador da Azul, o americano David Neeleman, que saudou a "classe C" e arriscou que o Brasil será "um dos cinco maiores", mas também um especialista que apontou os "problemas com infraestrutura"

"Para este ano os 7% serão certamente uma realidade."
Dominique Strauss-Kahn
diretor-gerente do FMI, via Reuters, no topo das buscas de Brasil pelo Yahoo News, sobre o crescimento do país no ano eleitoral

ABUSOS
O blog de Reinaldo Azevedo, da "Veja", comentou a entrevista da procuradora eleitoral na Folha, sobre como os "abusos ameaçam eleição de Dilma", afirmando que ela foi "corajosa, mas ninguém deve se fiar muito na dureza do TSE". Em suma, "duvido!".
Já o blog de Paulo Henrique Amorim, da Record, postou primeiro que "a tentativa de golpe já começa a rondar a oposição, o TSE e a mídia". Depois, descreveu a procuradora como "colega de Nelson Jobim" e, por fim, como uma defensora da Globo e de Serra.




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