São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2011

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Oposição quer reabrir inquérito do caseiro

DE BRASÍLIA

Os partidos da oposição decidiram pedir ao procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, a reabertura do inquérito sobre a quebra do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
Ontem, a Folha revelou que a Caixa Econômica Federal informou à Justiça que o vazamento dos dados bancários do caseiro para a imprensa, ocorrido em 2006, teria sido feito pelo gabinete do então ministro da Fazenda e hoje chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.
O PPS apresentou à Procuradoria requerimento para a reabertura do inquérito. O PSDB pretende enviar mais dados sobre o caso para o Ministério Público Federal.
"A revelação de que a própria Caixa atribuiu a quebra do sigilo ao gabinete de Palocci é de extrema relevância. Vamos pedir a reabertura do inquérito", disse o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP).
No entanto, Roberto Gurgel, informou, por meio de sua assessoria, que não há fato novo na informação enviada pela Caixa à Justiça.
Foi a primeira vez que o banco responsabilizou Palocci. Até então, dizia apenas que havia "transferido" os dados sob sigilo para o Ministério da Fazenda.
O procurador-Geral afirmou, porém, que a informação de que o gabinete do petista seria autor do vazamento dos dados do caseiro já constava da denúncia ao Supremo Tribunal Federal, mas foi rechaçada.
Em 2009, por 5 votos a 4, o Supremo rejeitou a abertura de processo contra Palocci.
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) minimizou as informações. Para ele, "isso é um fato por demais debatido na sociedade" e que teria "acontecido há muito tempo".
"Eu acho estranho que [o tema] venha a ser colocado agora de novo. Mas não tem problema, Palocci está aí, está trabalhando, acho que nada muda nossa posição", afirmou o ministro.


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