DE SÃO PAULO

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, disse ontem que o PSDB só terá condições de voltar à Presidência quando "se fortalecer no Brasil todo" e se tornar um "partido nacional".
"Partido não pode ser de um Estado, de uma região ou de uma pessoa. Todos têm de se sentir pertencentes, para que ele tenha força", afirmou em entrevista no estúdio da TV Folha, em São Paulo.
O fortalecimento do PSDB fora de São Paulo tem sido o mote do grupo do senador Aécio Neves, aliado político do governador, e deve ser um dos temas da convenção do partido, no sábado.
Anastasia disse acreditar em um acordo e afirmou que o ex-presidenciável José Serra "tem um papel fundamental" a desempenhar.
"Temos internamente essas discussões, que fazem parte do dia a dia de todo o partido. Pode parecer algum tipo de conflito, mas não é", afirmou, em tom conciliador.
Anastasia evitou críticas ao ministro Antonio Palocci (Casa Civil) e disse que cabe a ele decidir a melhor forma de explicar o aumento de seu patrimônio de quase 20 vezes em quatro anos. "Mas é claro que se sente, na opinião pública, a necessidade de uma explicação mais clara."
O governador afirmou que Minas cumprirá o cronograma de obras para a Copa e disse que ainda tentará levar abertura do evento para o Estado. "O Mineirão estará pronto em dezembro de 2012.
Inclusive para a Copa das Confederações", garantiu.
Ele criticou a falta de planejamento do país e previu que "ainda vamos ter muito sofrimento daqui até 2014".
Defendeu que haja um tratamento diferenciado da lei de licitações e dos órgãos de controle para grandes obras.

FOLHA.com
Veja a entrevista à TV Folha
folha.com.br/po920079


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