São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 2011

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Governo já poupou 70% da meta para o ano

LORENNA RODRIGUES
DE BRASÍLIA

Depois de uma economia recorde no primeiro semestre, o governo federal deve afrouxar a torneira dos gastos públicos no restante do ano. Com superavit primário (resultado antes do pagamento dos juros da dívida) de R$ 55,5 bilhões até agora, ou quase 70% da meta para o ano, vai autorizar gastos que vinha segurando.
Entre eles estão o pagamento de sentenças judiciais e compensações aos Estados por incentivos à exportação.
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, o resultado do primeiro semestre visava a ajudar a esfriar a economia.
"Corresponde à realização de um objetivo, de fazer com que a política fiscal auxiliasse a economia a ter um crescimento desejável."
A previsão para o segundo semestre é de menos superavit e mais investimentos.
Até agora, a redução do ritmo de gastos com a construção de estradas e escolas, por exemplo, aliada a uma arrecadação recorde, foi o que garantiu a economia maior.
Em 2011, os investimentos subiram 1,5% ante o 1º semestre de 2010. No ano passado, esta alta foi de 71,6%.
Até agora, a presidente Dilma Rousseff investiu apenas R$ 3,4 bilhões do Orçamento de seu governo para este ano, 5% do previsto. Outros R$ 17,4 bilhões foram para os chamados "restos a pagar", sobras de Orçamentos de anos anteriores.
Para o economista Felipe Salto, o governo deveria aproveitar o momento de arrecadação em alta para adotar estratégias de longo prazo, como fixar o limite de aumento do gasto com pessoal a um percentual do PIB (Produto Interno Bruto).


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