São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2010

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OUTRO LADO

Tucano nega irregularidades e diz que Folha quer "desinformar"

DE SÃO PAULO

A assessoria do candidato José Serra (PSDB), em nota, contesta parte dos pontos levantados pelas auditorias realizadas no TCE na gestão do tucano no governo de SP.
Segundo a assessoria, os trechos do relatório do TCE apresentados pela reportagem são "irrelevantes" dentro do conjunto do relatório, de cerca de 700 páginas, que serve de subsídio para o voto do conselheiro responsável pelo julgamento das contas do ex-governador.
A nota afirma que "os trechos citados não são reprovações, tampouco ressalvas. São observações iniciais de auditores, totalmente esclarecidas pelo governo, tanto que as contas foram aprovadas pelo TCE".
Em um dos pontos contestados, na área da saúde, a assessoria do presidenciável afirma que descumprimentos de metas referem-se a apenas 3 de 80 hospitais da rede estadual pública.
Ainda segundo a assessoria do tucano, os problemas verificados em obras recém-inauguradas e vistoriadas pelo TCE, como infiltrações, "são pontuais e já foram resolvidos e esclarecidos".
Em relação ao descumprimento, segundo o TCE, da aplicação de valor mínimo legal para a distribuição de medicamentos, a assessoria afirma que "não é verdade". Diz que o governo aplica mais do que determina as normas federal e estadual.
A afirmação dos técnicos do TCE, de que parte dos medicamentos são adquiridos por valor mais caro do que o pago por outras instituições, também foi contestada pela assessoria, ao dizer que a auditoria faz "apenas recomendações para a manutenção dos preços em padrões praticados por outras instituições públicas e privadas".
Na área de habitação, diz que a política habitacional do governo prevê acesso a equipamentos sociais, apesar de alguns deles, como postos de saúde e escolas, dependerem, também, de ações das prefeituras.
Em relação aos demais itens levantados por técnicos do TCE e reproduzidos pela Folha, a assessoria não fez comentários.

ATAQUES AO JORNAL
Na nota, a assessoria do candidato, informada do teor geral da reportagem, acusa a Folha de "desinformar o leitor" e "apostar na máxima petista de pregar que todos são iguais e cometem os mesmos equívocos na ação governamental".
A assessoria afirma ainda que a publicação da reportagem tem "o único objetivo de demonstrar uma aparência de isenção em razão de outra [reportagem]".
A nota refere-se a reportagem, publicada pela Folha na última segunda-feira, que mostra irregularidades apontadas pelo TCE do Rio Grande do Sul em gestões da candidata Dilma Rousseff (PT) enquanto secretária do governo gaúcho, nos anos 90.
A assessoria também afirma que a Folha usou "documentos preliminares referentes a auditorias regulares de um único ano, para construir um falso equilíbrio entre candidaturas presidenciais diametralmente opostas em seus valores e crenças".
(BC)


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