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Operação da PF prende sete no Amapá
Entre os presos estão ex-secretários municipais de Macapá; prefeito da capital do Estado prestou depoimento
Polícia não especificou quais são as acusações; apurações apontaram indícios de desvio de
R$ 300 mi da União
JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO
A Polícia Federal prendeu
ontem no Amapá sete pessoas em uma nova etapa da
Operação Mãos Limpas, que
investiga um suposto esquema de desvio de recursos federais no Estado.
Entre os presos, segundo a
Prefeitura de Macapá, estão
ex-secretários municipais de
Assistência Social e do Trabalho e de Infraestrutura.
A PF não especificou quais
são as acusações. Seus advogados não foram localizados.
Segundo o órgão, nessa
etapa da operação foram
também cumpridos 22 de 25
mandados de condução
coercitiva (quando alguém é
levado por policiais para depor), além de 18 mandados
de busca e apreensão.
Um dos conduzidos para a
superintendência da PF foi o
prefeito de Macapá, Roberto
Góes (PDT) -primo do ex-governador e candidato derrotado ao Senado Waldez Góes,
que chegou a ser preso em
outra etapa da operação.
O prefeito prestou depoimento e foi liberado.
Os nomes dos presos não
foram divulgados por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Segundo a PF, seis deles
são acusados de ocultar, alterar ou destruir provas e um é
suspeito de coagir e ameaçar
uma testemunha. Eles foram
transferidos para Brasília na
noite de ontem.
Deflagrada no dia 10 de setembro, a Operação Mãos
Limpas investiga uma suposta organização criminosa
composta por servidores públicos, políticos e empresários do Amapá.
Segundo a PF, as investigações revelaram indícios de
um esquema que desviou R$
300 milhões de recursos da
União que eram repassados
para a Secretaria de Educação do Estado do Amapá.
Ainda segundo a PF, também foram identificados desvios de recursos no Tribunal
de Contas do Estado, na Assembleia Legislativa e em diversas secretarias de Estado.
À época, foram cumpridos
18 mandados de prisão. Entre os presos estavam o governador do Estado, Pedro
Paulo Dias (PP), e o presidente do Tribunal de Contas do
Estado, José Júlio de Miranda
Coelho, além de Góes.
O governador passou dez
dias preso na superintendência da Polícia Federal em Brasília, reassumiu o governo e
não conseguiu se reeleger,
perdendo no primeiro turno
das eleições.
Todos negam envolvimento nas irregularidades.
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