São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2010

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Operação da PF prende sete no Amapá

Entre os presos estão ex-secretários municipais de Macapá; prefeito da capital do Estado prestou depoimento

Polícia não especificou quais são as acusações; apurações apontaram indícios de desvio de R$ 300 mi da União

JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO

A Polícia Federal prendeu ontem no Amapá sete pessoas em uma nova etapa da Operação Mãos Limpas, que investiga um suposto esquema de desvio de recursos federais no Estado.
Entre os presos, segundo a Prefeitura de Macapá, estão ex-secretários municipais de Assistência Social e do Trabalho e de Infraestrutura.
A PF não especificou quais são as acusações. Seus advogados não foram localizados.
Segundo o órgão, nessa etapa da operação foram também cumpridos 22 de 25 mandados de condução coercitiva (quando alguém é levado por policiais para depor), além de 18 mandados de busca e apreensão.
Um dos conduzidos para a superintendência da PF foi o prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT) -primo do ex-governador e candidato derrotado ao Senado Waldez Góes, que chegou a ser preso em outra etapa da operação.
O prefeito prestou depoimento e foi liberado.
Os nomes dos presos não foram divulgados por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Segundo a PF, seis deles são acusados de ocultar, alterar ou destruir provas e um é suspeito de coagir e ameaçar uma testemunha. Eles foram transferidos para Brasília na noite de ontem.
Deflagrada no dia 10 de setembro, a Operação Mãos Limpas investiga uma suposta organização criminosa composta por servidores públicos, políticos e empresários do Amapá.
Segundo a PF, as investigações revelaram indícios de um esquema que desviou R$ 300 milhões de recursos da União que eram repassados para a Secretaria de Educação do Estado do Amapá.
Ainda segundo a PF, também foram identificados desvios de recursos no Tribunal de Contas do Estado, na Assembleia Legislativa e em diversas secretarias de Estado.
À época, foram cumpridos 18 mandados de prisão. Entre os presos estavam o governador do Estado, Pedro Paulo Dias (PP), e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, José Júlio de Miranda Coelho, além de Góes.
O governador passou dez dias preso na superintendência da Polícia Federal em Brasília, reassumiu o governo e não conseguiu se reeleger, perdendo no primeiro turno das eleições.
Todos negam envolvimento nas irregularidades.


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