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OUTRO LADO
Metrô de SP diz que fará investigação e que "desconhece qualquer acerto"
ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO
O Metrô e a Secretaria de
Estado dos Transportes de
São Paulo informaram que
investigarão as informações
publicadas hoje na Folha.
A companhia negou ter conhecimento de qualquer irregularidade.
"O Metrô desconhece
qualquer acerto entre as empreiteiras que participaram
deste certame e tem todo interesse na apuração dos fatos. Nos processos licitatórios, o Metrô tem de garantir
o menor preço e a melhor
qualidade técnica (...). Tanto
é assim, que só neste ano,
duas licitações foram canceladas e refeitas porque os
proponentes apresentaram
valores muito acima do que
as licitações previam, casos
da linha 2 e da própria linha
5, cujo valor contratado para
o lote 2 (o único aberto na 1º
licitação, que foi revogada) é
8,8% menor do que o apresentado para o mesmo lote
da primeira licitação."
Continua a nota:
"Todas as licitações são
feitas de acordo com a lei
8.666 e o Tribunal de Contas
do Estado em fevereiro de
2009 analisou e deu parecer
favorável ao mesmo, e permanece a disposição para
prestar esclarecimentos e
reafirma que o resultado da
licitação da linha 5 obteve
preço abaixo dos ofertados
no certame revogado".
Ainda de acordo com a estatal, para participar de suas
licitações, as empresas precisam "atender aos rígidos requisitos técnicos e de qualidade" impostos por ela.
No caso da classificação
das empresas nos lotes 3 e 7,
era necessário o uso de
"Shield, recurso e qualificação que poucas empresas no
país têm".
"Os vencedores dos lotes
foram conhecidos somente
quando as propostas foram
abertas em sessão pública",
diz trecho da nota.
Todos os consórcios foram
procurados pela reportagem,
mas apenas dois deles responderam ao jornal.
O Consórcio Andrade
Gutierrez/Camargo Corrêa,
vencedor da disputa para
construção do lote 3, diz
que "tomou conhecimento
do resultado da licitação
no dia 24 de setembro de
2010, quando os ganhadores
foram divulgados em sessão
pública".
O consórcio Odebrecht/
OAS/Queiroz Galvão, vencedor do lote 7, disse que, dessa
licitação, "só dois trechos poderiam ser executados com a
máquina conhecida como
"tatu" e apenas dois consórcios estavam qualificados
para usar o equipamento".
"A probabilidade de cada
consórcio ficar responsável
por um dos lotes era grande",
afirmou o consórcio.
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