São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2010

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OUTRO LADO

Metrô de SP diz que fará investigação e que "desconhece qualquer acerto"

ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO

O Metrô e a Secretaria de Estado dos Transportes de São Paulo informaram que investigarão as informações publicadas hoje na Folha.
A companhia negou ter conhecimento de qualquer irregularidade.
"O Metrô desconhece qualquer acerto entre as empreiteiras que participaram deste certame e tem todo interesse na apuração dos fatos. Nos processos licitatórios, o Metrô tem de garantir o menor preço e a melhor qualidade técnica (...). Tanto é assim, que só neste ano, duas licitações foram canceladas e refeitas porque os proponentes apresentaram valores muito acima do que as licitações previam, casos da linha 2 e da própria linha 5, cujo valor contratado para o lote 2 (o único aberto na 1º licitação, que foi revogada) é 8,8% menor do que o apresentado para o mesmo lote da primeira licitação."
Continua a nota:
"Todas as licitações são feitas de acordo com a lei 8.666 e o Tribunal de Contas do Estado em fevereiro de 2009 analisou e deu parecer favorável ao mesmo, e permanece a disposição para prestar esclarecimentos e reafirma que o resultado da licitação da linha 5 obteve preço abaixo dos ofertados no certame revogado".
Ainda de acordo com a estatal, para participar de suas licitações, as empresas precisam "atender aos rígidos requisitos técnicos e de qualidade" impostos por ela.
No caso da classificação das empresas nos lotes 3 e 7, era necessário o uso de "Shield, recurso e qualificação que poucas empresas no país têm".
"Os vencedores dos lotes foram conhecidos somente quando as propostas foram abertas em sessão pública", diz trecho da nota.
Todos os consórcios foram procurados pela reportagem, mas apenas dois deles responderam ao jornal.
O Consórcio Andrade Gutierrez/Camargo Corrêa, vencedor da disputa para construção do lote 3, diz que "tomou conhecimento do resultado da licitação no dia 24 de setembro de 2010, quando os ganhadores foram divulgados em sessão pública".
O consórcio Odebrecht/ OAS/Queiroz Galvão, vencedor do lote 7, disse que, dessa licitação, "só dois trechos poderiam ser executados com a máquina conhecida como "tatu" e apenas dois consórcios estavam qualificados para usar o equipamento".
"A probabilidade de cada consórcio ficar responsável por um dos lotes era grande", afirmou o consórcio.


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