São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2010

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Atrás nas pesquisas, Serra arrecada menos

A menos de uma semana da eleição, tucanos não sabem se conseguirão chegar a R$ 90 milhões para fechar contas

"Estamos numa luta de Davi contra Golias. Somos o Davi", disse tucano, que faz novo alerta contra abstenção

CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

A desvantagem de 12 pontos percentuais, segundo o último Datafolha, produziu impacto nos cofres da campanha do candidato José Serra (PSDB) à Presidência.
O comitê eleitoral calcula em pelo menos R$ 90 milhões - sendo R$ 70 milhões no primeiro turno - o custo total da campanha de Serra. Mas, ontem, a seis dias da eleição, não tinha garantia de que conseguirá arrecadar esse volume de recursos.
Segundo integrantes da campanha, as pesquisas afugentaram doadores. Muitos deles prometeram colaborar. Mas ainda não honraram o compromisso assumido.
Como as contas podem chegar a R$ 100 milhões, as cobranças foram objeto de uma reunião no início da tarde de ontem.
Questionado se as contas do comitê estavam fechadas, um comandante da campanha tucana sugeriu que lhe fizessem a mesma pergunta somente no domingo.
Uma das medidas recentes para ampliação de arrecadação, o envio de cartas a pequenos empresários deverá render cerca de R$ 1 milhão.
Ontem, em São Paulo, Serra comparou sua situação a de um personagem bíblico.
"Estamos numa luta de Davi contra Golias. Somos o Davi", disse Serra, ao comentar a acolhida que tem recebido nas ruas.
Ao citar a experiência de campanhas passadas, Serra disse que esta é a "pior em matéria de baixaria por parte do adversário".
"Nunca um adversário se aparelhou tanto, nunca um adversário jogou tão baixo como nesta campanha no caso do PT", declarou.
Temendo que as pesquisas desestimulem seus eleitores, ampliando os níveis de abstenção durante o feriadão, Serra voltou a fazer um apelo para que não deixem de comparecer às urnas.
"Vamos trocar metade do feriadão por um feliz Ano Novo. Por isso, é muito importante a participação no voto", conclamou o tucano.
Serra alegou que sua preocupação não é com a perda de votos. "Me preocupo como cidadão. A eleição é muito decisiva para o Brasil". Mais uma vez, Serra acusou o PT de levar o país para uma trilha de desindustrialização.

FESTA
Apesar da expressiva vantagem de Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de voto, o comando da campanha de Serra deixará programada uma festa para comemoração da vitória no próximo dia 31 de outubro.
Em respeito a uma decisão de Serra -de, como prefeito, restringir a ocupação da avenida Paulista-, a praça da República, a praça da Sé e o Vale do Anhangabaú são os três endereços em estudo para o evento.
Tucanos também se reunirão em São Paulo em apoio a Serra, qualquer que seja o resultado.
No sábado, o comitê de campanha organizará uma festa na sede do comitê, no centro de São Paulo.
Além dos eventos nessa reta final, o comando da campanha do PSDB organiza o esquema de fiscalização em todos os Estados.
Serão enviadas 250 mil credenciais para todo o país, sendo 2.000 em São Paulo.


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