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Atrás nas pesquisas, Serra arrecada menos
A menos de uma semana da eleição, tucanos não sabem se conseguirão chegar a R$ 90 milhões para fechar contas
"Estamos numa luta
de Davi contra Golias. Somos o Davi", disse tucano, que faz novo alerta contra abstenção
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
A desvantagem de 12 pontos percentuais, segundo o
último Datafolha, produziu
impacto nos cofres da campanha do candidato José Serra (PSDB) à Presidência.
O comitê eleitoral calcula
em pelo menos R$ 90 milhões - sendo R$ 70 milhões
no primeiro turno - o custo
total da campanha de Serra.
Mas, ontem, a seis dias da
eleição, não tinha garantia
de que conseguirá arrecadar
esse volume de recursos.
Segundo integrantes da
campanha, as pesquisas afugentaram doadores. Muitos
deles prometeram colaborar.
Mas ainda não honraram o
compromisso assumido.
Como as contas podem
chegar a R$ 100 milhões, as
cobranças foram objeto de
uma reunião no início da tarde de ontem.
Questionado se as contas
do comitê estavam fechadas,
um comandante da campanha tucana sugeriu que lhe
fizessem a mesma pergunta
somente no domingo.
Uma das medidas recentes
para ampliação de arrecadação, o envio de cartas a pequenos empresários deverá
render cerca de R$ 1 milhão.
Ontem, em São Paulo, Serra comparou sua situação a
de um personagem bíblico.
"Estamos numa luta de
Davi contra Golias. Somos o
Davi", disse Serra, ao comentar a acolhida que tem recebido nas ruas.
Ao citar a experiência de
campanhas passadas, Serra
disse que esta é a "pior em
matéria de baixaria por parte
do adversário".
"Nunca um adversário se
aparelhou tanto, nunca um
adversário jogou tão baixo
como nesta campanha no caso do PT", declarou.
Temendo que as pesquisas
desestimulem seus eleitores,
ampliando os níveis de abstenção durante o feriadão,
Serra voltou a fazer um apelo
para que não deixem de comparecer às urnas.
"Vamos trocar metade do
feriadão por um feliz Ano Novo. Por isso, é muito importante a participação no voto", conclamou o tucano.
Serra alegou que sua preocupação não é com a perda
de votos. "Me preocupo como cidadão. A eleição é muito decisiva para o Brasil".
Mais uma vez, Serra acusou o
PT de levar o país para uma
trilha de desindustrialização.
FESTA
Apesar da expressiva vantagem de Dilma Rousseff (PT)
nas pesquisas de intenção de
voto, o comando da campanha de Serra deixará programada uma festa para comemoração da vitória no próximo dia 31 de outubro.
Em respeito a uma decisão
de Serra -de, como prefeito,
restringir a ocupação da avenida Paulista-, a praça da
República, a praça da Sé e o
Vale do Anhangabaú são os
três endereços em estudo para o evento.
Tucanos também se reunirão em São Paulo em apoio a
Serra, qualquer que seja o resultado.
No sábado, o comitê de
campanha organizará uma
festa na sede do comitê, no
centro de São Paulo.
Além dos eventos nessa reta final, o comando da campanha do PSDB organiza o
esquema de fiscalização em
todos os Estados.
Serão enviadas 250 mil
credenciais para todo o país,
sendo 2.000 em São Paulo.
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