São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2010

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Paulo Preto faz representação contra Dilma por "calúnia"

Ex-diretor da Dersa diz ter sido ofendido pela candidata em debate na TV

Engenheiro também vai entrar com ação contra Celso Russomano, que o acusou de ter dinheiro nas meias ao ser preso

ANDRÉA MICHAEL
DE SÃO PAULO

O ex-diretor de Engenharia da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, representou ontem à Justiça Eleitoral contra a petista Dilma Rousseff.
O engenheiro a acusa de crime de calúnia por ter afirmado na TV que ele arrecadou ilegalmente e sumiu com um caixa dois de R$ 4 milhões destinados à campanha de José Serra (PSDB).
Segundo o advogado José Luis Oliveira Lima, as afirmações de "Dilma Rousseff ultrapassaram os limites do debate eleitoral e atingiram a honra do meu cliente".
A representação reproduz a fala da candidata no debate da TV Bandeirantes, em 10 de outubro, no qual ela afirma que Souza, a quem chama de "assessor" de Serra, "fugiu com quatro milhões" da campanha do tucano. A petista, porém, não fez nenhuma referência à fonte da denúncia: uma matéria publicada pela revista "IstoÉ", na qual dirigentes tucanos fazem tal afirmativa. Alguns deles depois se retrataram.
Diz a representação que Souza "nunca praticou qualquer espécie de apropriação de valores, nunca empreendeu fuga, nunca foi assessor de José Serra", o que configura crime de calúnia. O Código Penal prevê penas de até dois anos de prisão e multa.
Na ação há o pedido de aumento de um terço da pena porque o crime teria ocorrido "na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da ofensa", como prevê o Código Eleitoral.
O advogado diz que nesta semana vai ajuizar queixa-crime contra o deputado Celso Russomano (PP-SP) por declarações que ele deu às revistas "IstoÉ" e "Época" sobre a prisão de Paulo Souza.
Ele foi detido pela Polícia Civil em 12 de junho numa joalheria de São Paulo para dar explicações sobre um bracelete de brilhantes que havia sido roubado e que ele então levou para avaliação. Russomano disse que Souza fez pressão política para deixar a delegacia, na qual ficou preso por dois dias, e que tinha dinheiro nas meias: "As afirmações do deputado não são verdadeiras", diz Lima.


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