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Empresários apelam a "patriotismo" para que Aécio seja vice
Recado foi enviado por intermediários e pode ser dito pessoalmente hoje, no 1º evento do mineiro pós-férias
Apesar de pressão extra de última hora, tucanos avaliam que chance de Aécio decidir se tornar vice de Serra é pequena
VALDO CRUZ
FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA
Além da cúpula tucana,
empresários paulistas ligados a José Serra querem tentar convencer Aécio Neves a
desistir da candidatura ao
Senado e ser o vice na chapa
tucana à Presidência.
Em conversas reservadas,
empresários disseram que
vão enviar recados ao ex-governador mineiro sobre a
"importância" de ele aceitar
o convite para formar chapa
puro-sangue com Serra.
Alguns chegam a dizer que
seria "falta de patriotismo"
de Aécio não sair candidato a
vice, principalmente num
momento em que a candidatura precisa de fôlego novo.
O recado, já enviado por
intermediários, pode ser
transmitido diretamente hoje por alguns empresários
que devem estar com Aécio
num almoço em homenagem
ao presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro, no
Palácio da Liberdade.
De saída da presidência da
CNI para disputar as eleições, Monteiro receberá a
medalha dos Inconfidentes
do governador Antonio
Anastasia (PSDB-MG).
A pressão dos empresários
ocorre num momento em
que a cúpula tucana decidiu
acelerar a definição do vice.
Segundo o presidente do
PSDB, Sérgio Guerra, e a senadora Marisa Serrano
(PSDB-GO), a escolha tem de
acontecer em até dez dias.
Em conversas reservadas,
eles dizem que o PSDB não
pode chegar à convenção
que irá homologar oficialmente o nome de Serra como
candidato, no dia 12 de junho, sem a escolha do vice.
Caso contrário, afirmam, o
centro das atenções deixará
de ser o candidato e recairá
sobre a indefinição. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) defende essa posição.
A cúpula tucana, porém,
está preocupada com as
pressões públicas de última
hora sobre Aécio. O próprio
Serra tem dito que isso apenas criará uma expectativa
que, não confirmada, trará
um efeito negativo.
Atualmente, o PSDB avalia
como pequena a possibilidade de o ex-governador mineiro mudar de posição, mas
ainda nutre uma esperança
de mudança de última hora.
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