São Paulo, quinta-feira, 27 de maio de 2010

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Empresários apelam a "patriotismo" para que Aécio seja vice

Recado foi enviado por intermediários e pode ser dito pessoalmente hoje, no 1º evento do mineiro pós-férias

Apesar de pressão extra de última hora, tucanos avaliam que chance de Aécio decidir se tornar vice de Serra é pequena


VALDO CRUZ
FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

Além da cúpula tucana, empresários paulistas ligados a José Serra querem tentar convencer Aécio Neves a desistir da candidatura ao Senado e ser o vice na chapa tucana à Presidência.
Em conversas reservadas, empresários disseram que vão enviar recados ao ex-governador mineiro sobre a "importância" de ele aceitar o convite para formar chapa puro-sangue com Serra.
Alguns chegam a dizer que seria "falta de patriotismo" de Aécio não sair candidato a vice, principalmente num momento em que a candidatura precisa de fôlego novo.
O recado, já enviado por intermediários, pode ser transmitido diretamente hoje por alguns empresários que devem estar com Aécio num almoço em homenagem ao presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro, no Palácio da Liberdade.
De saída da presidência da CNI para disputar as eleições, Monteiro receberá a medalha dos Inconfidentes do governador Antonio Anastasia (PSDB-MG).
A pressão dos empresários ocorre num momento em que a cúpula tucana decidiu acelerar a definição do vice. Segundo o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e a senadora Marisa Serrano (PSDB-GO), a escolha tem de acontecer em até dez dias.
Em conversas reservadas, eles dizem que o PSDB não pode chegar à convenção que irá homologar oficialmente o nome de Serra como candidato, no dia 12 de junho, sem a escolha do vice.
Caso contrário, afirmam, o centro das atenções deixará de ser o candidato e recairá sobre a indefinição. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) defende essa posição.
A cúpula tucana, porém, está preocupada com as pressões públicas de última hora sobre Aécio. O próprio Serra tem dito que isso apenas criará uma expectativa que, não confirmada, trará um efeito negativo.
Atualmente, o PSDB avalia como pequena a possibilidade de o ex-governador mineiro mudar de posição, mas ainda nutre uma esperança de mudança de última hora.


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