O que o petista fez no plano federal, "vamos fazer aqui", diz candidato

Evento que oficializou senador como candidato do PT ao governo de SP também lançou Marta e Netinho ao Senado

Luiz Carlos Murauskas/Folhapress

Aloizio Mercadante e seu vice, Coca Ferraz (dir.), lançam candidatura ao lado de Marta, tenta vaga ao Senado, e Suplicy

BRENO COSTA
DE SÃO PAULO

Em um discurso morno, sem ataques ao PSDB, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) buscou colar sua imagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no lançamento oficial de sua candidatura ao governo paulista.
O esforço de Mercadante -refletido no lema "Deu certo no Brasil, vai dar certo em São Paulo"- contrasta com a ausência do presidente Lula tanto no evento de ontem quanto no anúncio de sua pré-candidatura, em abril.
O nome de Mercadante, que resistiu a ser candidato, surgiu como solução de última hora para um palanque do PT em São Paulo, reduto tucano. Lula tentou, sem sucesso, emplacar o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE).
"O que o Lula fez lá, nós vamos fazer aqui", disse Mercadante diante de uma plateia inicial, segundo os organizadores, de 5.000 pessoas, mas já esvaziada no momento do discurso do petista.
O presidente deve vir a São Paulo na terça-feira. Um dos compromissos é o lançamento do livro "Brasil: A Construção Retomada", de Mercadante. Lula assina o prefácio.
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, também não apareceu. Optou pela convenção nacional do PRB, partido do vice-presidente da República, José Alencar, em Brasília. Lula acompanha o estrago das chuvas no Nordeste.
No entanto, Dilma, ao contrário de Lula, deixou um vídeo de apoio a Mercadante, gravado na véspera e exibido num telão ontem.
Mercadante, que em 2006 foi derrotado por José Serra (PSDB) no primeiro turno, tem a missão de reverter o favoritismo do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Segundo a última pesquisa estadual Datafolha, de março, Alckmin tem 53%, contra 13% do petista.


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