São Paulo, sexta-feira, 27 de agosto de 2010

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

A revolução

economist.com
No gráfico da "Economist", as terras brasileiras e seu potencial arável, o maior no mundo

Sob os enunciados "O milagre agrícola do Brasil" e "Como alimentar o mundo", a "Economist" destaca em editorial -e na capa- que "há uma alternativa" ao agropessimismo, como chama a ideia recorrente de que "a humanidade só será capaz de se alimentar se destruir o meio ambiente". A alternativa é o Brasil, visto há 40 anos como majoritariamente "impróprio para agricultura" e que "se tornou o primeiro gigante agrícola tropical e o primeiro a desafiar o domínio dos cinco grandes exportadores (EUA, Canadá, Austrália, Argentina e a União Europeia)". Destaca três aspectos: a "revolução" aconteceu no Cerrado, não na Amazônia; o clima tropical permite reproduzi-la em países pobres; e ela foi obtida sem a proteção que marca EUA e Europa. Na reportagem que originou o editorial, enviada da fazenda Cremaq, no Piauí, a revista ressalta que o "Brasil revolucionou suas fazendas", detalha como atua a Embrapa e pergunta: "Poderá fazer o mesmo por outros?". Mais precisamente, pela África.




PODER AOS EMERGENTES, NÃO
Na nova edição da americana "Foreign Affairs", de setembro/outubro, o ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda, hoje na New York University, publica o texto "Não estão prontos para o horário nobre", em que defende que "Brasil, China, Índia e África do Sul não estão preparados para se juntar ao leme das principais instituições internacionais". Argumenta que os quatro "prejudicariam a governança global" com seu "trêmulo compromisso com democracia, direitos humanos, não-proliferação nuclear e proteção ambiental". Uma versão reduzida foi publicada pelo "Los Angeles Times", ontem. E no espanhol "El País" o mesmo Castañeda, ontem, concentrou o ataque no Brasil. Mais precisamente, na intervenção de Lula em favor da iraniana Sakineh Ashtiani -que cita como exemplo de que Brasil, China, Índia e África do Sul "não são partidários do regime jurídico internacional". Encerra dizendo que, "se querem conservar suas posturas terceiro-mundistas, que sigam sendo isso: líderes do Terceiro Mundo e não do mundo, ponto".

Sem bases
O colunista Edward Schumacher-Matos, citando "um funcionário do Departamento de Estado", publicou ontem no "Washington Post" que tanto a secretária Hillary Clinton quanto o Departamento de Defesa "não estão mais resistindo a sepultar o acordo" militar que previa abrir as bases colombianas para os EUA. "Podem até receber com bons olhos" se o presidente Juan Manuel Santos, de fato, "deixar a coisa morrer".

Institucional
O colunista Atilio Boron, do argentino "Página/12" e de outros jornais latino-americanos, escreveu sob o título "Para destituir um presidente" que o Congresso paraguaio, a partir de um caso de desaparecimento de três fuzis de um quartel, estaria buscando criar "condições para produzir um golpe de Estado institucional como o de Honduras" -atingindo primeiro o ministro da Defesa e depois Fernando Lugo.

AE/economist.com
PACTUAL LÁ
Com foto de André Esteves, que "comanda" o BTG Pactual, a "Economist" publica um perfil do banco de investimento brasileiro, "potência" pós-crise financeira. "Menos para butique e mais para um navio de batalha", ele avança pelo mundo. Dias antes, o "Financial Times" já havia perfilado Steve Jacobs, "estrategista" do mesmo BTG Pactual

simonandschuster.com
ISOLADO
Monte Reel, ex-correspondente do "WP", lançou "The Last of the Tribe", sobre "o esforço épico para salvar um homem solitário na Amazônia". Resenhado no próprio "WP" e na AP, o livro foi comprado por estúdio e já tem até diretor, Doug Liman, de "Identidade Bourne". Na Slate, Reel escreve que persiste o risco para "o homem mais isolado do planeta", último de sua tribo, em Rondônia



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